Filipa Martins: “Agora quero tirar férias, recuperar o corpo e acabar o mestrado”

Filipa Martins
Filipa Martins [Fotografia: José Sena Goulão/Lusa]

“Não é peso, é alivio”, responde Filipa Martins, 28 anos, quando lhe perguntam o que significa a conquista histórica portuguesa na ginástica artística nos Jogos Olímpicos de Paris 2024 e que tem mão absoluta da atleta portuguesa. “Conseguimos trabalhar muito e realizar os nossos objetivos e sonhos”, acrescentou Martins à chegada a Portugal, esta terça-feira, 6 de agosto, e que classificou, pela primeira vez, a ginástica portuguesa na final Olímpica do concurso completo, tendo-se arrecadado o 20º lugar.

À chegada a território nacional, ao aeroporto Francisco Sá Carneiro, no Porto, a ginasta mostrou-se surpreendida com a receção de amigos e família, mas também de “pessoas e muitas meninas que começaram a acompanhar a modalidade”. Diz-se pronta para mais, mas não para já. Fala nos jogos Olímpicos de LosAngeles 2028 como “já se vê”, mas de momento, como afirmou à comuncação social, as prioridades são outras: “Agora quero tirar férias, recuperar o corpo e acabar o mestrado”, afirma.

Filipa Martins cumpriu a 1 de agosto o sonho ao disputar a final ‘all around’ de ginástica artística dos Jogos Olímpicos Paris2024. Vestida com um fato vermelho e branco brilhante, voltou a entrar na Arena Bercy e saiu com um histórico 20.º lugar numa prova em que a norte-americana Simone Biles se sagrou campeã pela segunda vez.

Depois de se ter tornado a primeira portuguesa na final do concurso completo, a ginasta do Acro Clube da Maia terminou a competição com 51.232 pontos, graças a 12.700 na trave, 12.466 no solo, 12.500 no salto e 13.566 nas paralelas assimétricas.

Filipa Martins, de 28 anos, foi 37.ª no Rio2016 – até hoje a melhor classificação nacional de sempre – e 43.ª em Tóquio2020, tendo sido também a primeira e única portuguesa a chegar a finais por aparelhos de Mundiais, nas paralelas assimétricas (oitava), em Kitakyushu, em 2021, quando também disputou pela primeira vez a final do ‘all-around’ (sétima), um feito que repetiu, em 2023, em Antuérpia (21.ª).