Filme “Mulan” vai ser lançado na plataforma de streaming Disney+

mulan
[Fotografia: IMDb]

O filme Mulan vai ser lançado pela Disney na sua plataforma de streaming a 4 de setembro, anunciou a empresa, que assim abdica de uma estreia em sala para uma das maiores estreias cinematográficas do ano.

Segundo a companhia, os assinantes do serviço Disney+ terão de pagar um preço suplementar de 29,99 dólares (25,4 euros), para além do valor normal da subscrição.

Estamos a olhar para Mulan como um caso isolado em vez de significar um novo modelo de negócio“, afirmou o presidente executivo da Disney, Bob Chapek, na apresentação de resultados da empresa, citado pela revista Variety.

O filme, uma versão de ação real do original de animação Mulan, teve um orçamento de produção de 200 milhões de dólares e era apontado pela indústria como uma das maiores estreias do verão, antes de ser adiado repetidas vezes.

Baseado no original da Disney, lançado em 1998, que por sua vez adapta a lenda chinesa de Hua Mulan, o filme retrata a história de uma jovem que se disfarça de guerreiro para salvar o pai. O original faturou mais de 300 milhões de dólares a nível mundial e foi nomeado para Globos de Ouro e Óscares, para além de ter vencido vários prémios de animação Annie.

Outra das grandes estreias do verão, Tenet, de Christopher Nolan, terá um lançamento internacional faseado a partir de 26 de agosto, chegando aos Estados Unidos uma semana depois.

Na passada semana, a Paramount revelou ter passado para 2021 alguns destaques deste ano, como as sequelas de Top Gun ou Um Lugar Silencioso.

Também as estreias dos novos filmes das sagas Avatar e Guerra das Estrelas foram adiadas um ano, para 2022 e 2023, respetivamente.

Hollywood está há mais de quatro meses sem um lançamento de grande dimensão em sala.

A sequela de Um Lugar Silencioso, com John Krasinski e Emily Blunt, passou para 23 de abril 2021, em vez da abertura prevista em setembro deste ano, enquanto Top Gun: Maverick, com Tom Cruise, tem nova data de estreia em 2 de julho de 2021.

A Covid-19 teve um impacto enorme na indústria cinematográfica, paralisando produções de cinema, levando ao encerramento de salas, ao adiamento de festivais de cinema e à reflexão sobre estratégias de exibição cinematográfica envolvendo, sobretudo, as plataformas de streaming.

As salas portuguesas de cinema, que reabriram a 1 de junho, tiveram cerca de 12.400 espectadores em junho, o que representou 1% da assistência registada em junho de 2019.