Força, alinhamento e meditação numa aula só? Sim, sobrevive-se!

Os tapetes estão estendidos no chão em semi-círculo, convergem para um rodapé de velas. Este define o início da parede decorada com imagens de bambu. A seguir, o convite é para sentar e esperar que a a aula comece. E cabe aos Dead Can Dance, projeto musical australiano com Lisa Gerrard e Brendan Perry à cabeça, a dar as boas vindas a uma aula de Yoga que promete juntar as várias vertentes da prática em 50 minutos, procurando, ao mesmo tempo, desmistificar e simplificar a modalidade.

Madalena Aparício, a mentora desta viagem pelo espírito e pela grande parte dos músculos do corpo – até os que desconhecemos -, começa por afastar quaisquer perigos antes de dar início ao exercício: há restrições médicas? Não!

Cumpridos os requisitos, está na hora de começar o Yoga pela componente do aquecimento, seguindo para a força, para o alinhamento e equilíbrio e, por fim, para a calma e introspeção. É nesta conjugação de fatores que a cadeia de ginásios Virgin Active quer relançar a prática desportiva – sob três perspetivas Yoga Calm, Alignment e Strenght – , garantindo tratar-se de modalidades acessíveis a várias idades e a múltiplas condições físicas. Por isso e para apresentação do projeto, juntou as três numa só.

“O objetivo é conciliar todas estas áreas para que a experiência seja mais ampla, mas traga ao mesmo tempo mais relaxamento e alongamento”, afirma a professora, que esteve recentemente em formação com o especialista internacional de Yoga Patrick Beach.
Patrick Beach [Fotografia: Instagram]
Patrick Beach [Fotografia: Instagram]

Agora é Madalena Aparício quem está a espalhar, desde o início de março, a mensagem e a prática pelos ginásios que a cadeia dispõe em Portugal – Lisboa, Oeiras, Porto e Gaia – e pelos sócios. É a ela que cabe a função de colocar os praticantes a trabalhar a força e a respiração, modelos importados do Yin Yoga, favorecendo também o alívio de dores e aumento da mobilidade.

Mas será assim tão diferente do que é comummente conhecido pelo Yoga, afinal há exercícios dos quais já ouvimos falar? Madalena Aparício diz que “sim”, porque se “trata de trazer exercícios mais variados” de uma disciplina que é muito vasta, que se pode estender à meditação, e sempre tendo em conta “a importância do relaxamento e da tomada de consciência do próprio corpo”.

E se nem sempre numa aula o aluno tem a oportunidade de tirar os dois pés do chão, aqui tem direito a, pelo menos, uma ou duas tentativas. Se não conseguir, também ninguém leva a mal. Se tiver receio, não deixe que ele o domine, porque não há nada a temer. O importante é tentar.

“Através dos meus workshops e das práticas que ajudei a moldar com os especialistas de Virgin Active, quero mostrar às pessoas que o yoga não tem apenas benefícios a nível de fitness, mas também benefícios mentais reais. Eu tenho clientes por todo o mundo que começaram a praticar yoga para melhorar a força, estabilidade e o controlo corporal, mas que se apaixonaram pela prática, pela clareza e relaxamento que a mesma traz às suas mentes”, justificou Patrick Beach, em comunicado.

O especialista quis, com esta proposta, “desmistificar o yoga e a encorajar os sócios a adotar esta prática enquanto uma forma poderosa e eficaz de mindfulness”. E a terceira parte desta modalidade, o Yoga calm quer mesmo pôr esse lado em evidência.

O convite aos praticantes direciona-se para o silêncio total e para o isolamento absoluto do que os rodeia. É mesmo para fechar os olhos. Só o som da música, das ordens da instrutora e da respiração dos colegas de turma preenchem o espaço à volta. Nesta altura, e porque se trata de uma etapa da aula que não é pequena, é importante a prevenção: nada como levar um casaco leve, para fazer o caminho para a calmaria com um pouco mais de conforto.

As aulas – nas três modalidades – estão disponíveis nos clubes a partir da mensalidade mínima de 64,95€.

Imagem de destaque: Virgin Active