Cerca de 80 pessoas apresentam queixa contra influenciadores por fraude, em França

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[Fotografia: Pexels/Tracy le Blanc]

São perto de uma centena as alegadas vítimas de influenciadores que se vão juntar e apresentar queixa no Ministério Público francês por fraude. O Coletivo de Ajuda às Vítimas de Influenciadores (AVI, no acrónimo original) lidera a acusação de influenciadores e plataformas por se terem aproveitado da notoriedade alcançada nas redes sociais para incentivar seguidores a obter lucros com investimentos em mercados financeiros de risco.

Ao lançar estes apelos, queremos alertar o público jovem e menos jovem para os perigos das promoções de certas ‘estrelas’ sem escrúpulos, apontar a passividade das plataformas, sublinhar a impotência de as instituições e encorajar outros procedimentos idênticos”, refere a associação em comunicado de imprensa. A AVI irá fazer uma conferência de imprensa em direto, nas redes sociais, esta noite de 23 de janeiro para clarificar a situação.

De acordo com o site France Info, estão em curso duas denúncias separadas que deverão ser apresentadas ao Ministério Público francês nesta segunda-feira, 23 de janeiro.

A primeira queixa envolve um projeto Animoon que terá reunido mais de cinco mil investidores e numa recolha global de investimento no valor de 6.3 milhões de dólares (5.8 milhões de euros). Um eventual esquema com NFT – divulgado durante meses por influenciadores -, que nunca distribuiu dividendos, e cujos fundadores da plataforma estão incontactáveis. Entre as promessas decorrentes do investimento estavam 2500 dólares (2300 euros) mensais para toda a vida, roupas de luxo, viagens ao Japão e ganhos com cartões Pokémon.

A segunda denúncia, prossegue o France Info, visa Marc e Nadé Blata, casal-estrela com sete milhões de seguidores nascido em reality shows e com sede atual no Dubai. Ambos promovem a compra de moeda a troco de ganhos interessantes.