São já cerca de meia centena as personalidades femininas que assinaram carta aberta apelando ao voto contra a líder de extrema-direita Marine Le Pen, na segunda volta das presidenciais, para 7 de maio, e a declararem-se apoiantes do candidato independente Emmanuel Macron.
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A iniciativa partiu da ministra da Família, das Crianças e dos Direitos das Mulheres, Laurence Rossignol, que pertenceu ao mesmo executivo de Macron, quando este foi ministro da Economia – cargo do qual se demitiu em agosto do ano passado.
“Não é a nossa presidente”, “não é a presidente das mulheres”. Estes são os slogans do manifesto subordinado ao título “Feministas, não queremos a Frente Nacional, votamos em Emmanuel Macron”, publicado no Huffington Post.
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Entre as subscritoras estão a atriz Agnès Jaoui, a campeã do mundo de boxe Sarah Ourahmoune, a jornalista Françoise Laborde, mas também as atrizes Julie Gayet (atual companheira do presidente francês François Hollande) e Zabou Breitman. Entre as subscritoras há magistradas, médicas, presidentes e CEO de entidades pelos direitos das mulheres.
“A eleição de Marine Le Pen seria tanto uma derrota como um perigo para as mulheres. O programa da Frente Nacional é a própria negação. O aborto qualificado de “conforto”, as estigmatização das mulheres estrangeiras, a preferência nacional para o emprego exporiam as mulheres a uma precariedade dramática, ou a instrumentalização racista do combate contra a oposição religiosa, ignorando o sofrimento social dos nossos concidadãos nos bairros populares”, lê-se na carta aberta.
Recorde-se que Emmanuel Macron venceu a primeira volta das presidenciais francesas no passado domingo, 23 de abril, com 24,01%. Marine Le Pen ficou em segundo lugar nas urnas com 21,3 %.
Imagem de destaque: Mohamed Azakir/Reuters
