Francielly Rodrigues Barbosa tem apenas 17 anos de idade e já arrecadou no seu currículo 10 prémios de ciência devido a um projeto inovador e sustentável desenhado por si. A jovem brasileira desenvolveu um tijolo feito de argila e caroço de açaí que promete assegurar construções seguras, estáveis e sustentáveis. Sempre frequentou o ensino público e admite que é possível fazer-se boa ciência, mesmo com poucos recursos.
Para além dos 10 prémios, Francielly ganhou também uma viagem aos Estados Unidos da América, onde foi visitar o MIT (Massachusetts Institude of Tecnology), uma das Universidades mais prestigiadas do mundo, na área da tecnologia e da ciência, para a realização de um Workshop. E admite: o truque está na paixão pelo ensino e pelo estudo.
“Qualquer atividade extracurricular era motivo para eu ficar na escola”, contou a jovem, recordando o tempo em que os seus avós a levavam à escola e lhe ofereciam livros como prendas sempre que podiam. O mundo das feiras e da ciência sempre foi algo presente na sua vida, exceto quando perdeu o seu professor e orientador, vítima de ataque cardíaco.
Em 2017, recorda, conheceu uma professora que voltou a mudar a sua perspetiva e a fez voltar a apaixonar-se pela ciência. Danielle Pereira mostrou à jovem que era possível fazer ciência mesmo numa escola com poucos recursos. A professora convidou Francielly para trabalharem juntas e foi aí que o projeto começou a desenvolver-se. A proposta foi encontrar um problema e tentar solucioná-lo. A jovem aceitou o desafio e cumpriu-o.
Ao procurar a razão pela qual um bairro vizinho cheirava fortemente a gás, Francielly descobriu que se devia ao lixo que a população usava para nivelar as casas, porque os restantes materiais eram caros. Foi então que nasceu a ideia que lhe trouxe os prémios e reconhecimentos: tijolos sustentáveis e acessíveis a todos.
A ideia valeu-lhe o primeiro lugar na Feira Brasileira de Ciências e outros nove prémios.
