Francisca Salema: “É necessário perceber que a luta pela justiça climática é transversal”

Greve climática

No início do ano, a 15 de março, Francisca Salema organizou a Greve Climática Estudantil, levando mais de cinco mil estudantes às ruas de Lisboa para gritarem bem alto que ainda querem estar a viver no planeta Terra em 2050. A 27 de setembro há nova greve pelo clima, mas desta vez não será só dos estudantes. É geral, com o apoio de sindicatos e autarquias.

Por estar a estudar fora do país, desta vez a jovem não conseguirá fazer parte da organização da manifestação. No entanto promete fazer tudo o que estiver ao seu alcance para contribuir para a organização da greve, ainda que remotamente.

“Creio que o facto de termos conseguido o apoio de sindicatos e autarquias prova que irá ser possível fazer da Greve Climática um movimento não só estudantil e isso é algo que considero de extrema importância. É necessário perceber que a luta pela justiça climática é transversal a todas as faixas etárias, é uma luta de todos e todas, independentemente da idade ou da profissão”, explicou ao Delas.pt Francisca Salema.

Os organizadores desta Greve Climática Global querem envolver, sobretudo, os trabalhadores dos setores poluentes. Defendem que é urgente substituir esta indústria por uma nova, baseada na exploração de energias não poluentes.

Para nós é importante termos o apoio de todos os setores da sociedade. O apoio não só de sindicatos e autarquias, mas também de outras associações e organizações. É de grande importância porque cada novo apoio que conseguimos significa mais pessoas a juntarem-se à mesma causa e a reconhecerem que as alterações climáticas são um problema de elevada importância. Se mais pessoas reconhecerem isso temos mais hipóteses de conseguirmos dar passos na direção certa”, acrescentou a jovem.

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