Francisco Neto: “Não há outro pensamento que não seja o de poder passar a fase de grupos” no Mundial

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[Fotografia: Lusa]

O objetivo está marcado: 6 de agosto, Austrália, uma marca no calendário que assinalará, a concretizar-se, a chegada aos oitavos-de-final da seleção portuguesa no Mundial de Futebol Feminino 2023. É este o pensamento do selecionador nacional, Francisco Neto, para a prova que arranca a 20 de julho, na Nova Zelândia, e segue para a Austrália até 20 de agosto, e para a qual Portugal ficou apurado pela primeira vez na sua história, em fevereiro deste ano.

“A partir do momento em que estamos na competição, não há outro pensamento que não seja o de poder passar a fase de grupos”, afirmou o treinador da equipa feminina ao final desta manhã na segunda-feira, 22 de maio, na conferência Bola Branca, dedicada ao debate do Talento, Ética e Igualdade no Desporto. “O objetivo é fazer mais uma viagem, os oitavos vão ser na Austrália”, afirmou o técnico, reafirmando que “este grupo de jogadoras tem a ambição e, independentemente do que acontecer e enquanto houver oportunidade, aquele grupo de jogadoras vai chegar até ao fim. É com esta mentalidade que vamos para dentro de campo”, promete, reforçando ainda uma outra garantia: “Elas [as seleções oponentes], para nos ganharem, têm de trabalhar muito e, assim, estamos mais perto do objetivo.”

“Sabemos que é uma montanha incrível e difícil de escalar, mas também o era quando nos diziam que era quase impossível irmos a um campeonato do mundo”, vincou o selecionador na conferência promovida pela Rádio Renascença.

Recorde-se que a seleção feminina apurou-se para este campeonato no play-off intercontinental e faz agora parte do grupo E. No calendário de Fase de Grupos, está previsto encontro com as vice-campeãs do mundo, Países Baixos, a 23 de julho, com o Vietname, a 27, e com as campeãs em título dos Estados Unidos da América, a 1 de agosto.

Estágio vai ter professora e formação em ‘team manager’

Assim que as jogadoras entrem em estágio para o Mundial, o selecionador nacional avançou que os tempos livres – “poucos”, como referiu – vão ser aplicados para escola e formação técnica das jogadoras.

“Nos estágios competitivos de longa duração trazemos uma professora para estar junto das jogadoras e dar esse tipo de acompanhamento”, explicou o técnico, que acrescentou: “Na seleção A, vamos aproveitar os poucos tempos livres com a universidade team manager para dar formação de direção às nossas jogadoras. Durante o estágio, elas vão formar-se neste lado extra futebol”.

“Enquanto treinador, já abdiquei de jogadoras porque têm exames, podendo chegar mais tarde às preparações. Há esta flexibilidade porque percebo que é essencial neste tipo de programas que vamos implementando na formação, e a pensar naquilo que possa vir a ser o futuro das jogadoras. Precisamos de mais jogadoras e ex-jogadoras no nosso processo e precisamos que sintam que estão preparadas. É por aqui que andamos a crescer”, sublinhou.