Frappart, Back e Diaz. As mulheres que fizeram história no futebol ao fim de cem anos

QATAR SOCCER
A árbitra francesa lusodescendente Stephanie Frappart, ao centro, com as assistentes Karen Diaz Medina, à direita, e Neuza Ines Back, à esquerda, no aquecimento para o jogo Costa Rica-Alemanha, a 1 de dezembro no Mundial do Catar 2022 [Fotografia: EPA/Georgi Licovski]

A árbitra francesa, cuja mãe é portuguesa natural de Barcelos, Stéphanie Frappart e as suas auxiliares no jogo entre Alemanha e Costa Rica, a brasileira Neuza Back e a mexicana Karen Díaz Medina, fizeram história.

O trio feminino arbitrou um jogo de futebol masculino pela primeira vez na quinta-feira, 1 de dezembro, e ao fim de 92 anos desta competição: um Mundial.

As três atuaram juntas na vitória dos alemães sobre os costa-riquenhos por 4 a 2 no estádio Al-Bayt, pelo Grupo E do Mundial do Catar, país que tem vindo a ser questionado pelos direitos da mulher desde que foi designado como sede do torneio.

Desde o primeiro Mundial, em 1930, no Uruguai, que todos os árbitros tinham sido homens, até esta quinta-feira, 1 de dezembro, quando Frappart, Back e Díaz, com a hondurenha Said Martínez como quarta árbitra e a americana Kathryn Nesbitt no VAR, entraram em campo.

A equipa de arbitragem não teve maiores inconvenientes num eletrizante jogo que selou a eliminação da Alemanha na fase de grupos pela segunda vez consecutiva. O maior desafio do trio foi uma aparente falha técnica na escuta com o VAR, o que atrasou em alguns minutos a validação do quarto golo dos alemães, marcado por Niclas Füllkrug (89) e no qual Back tinha assinalado impedimento de forma errada.

com AFP