Fundação Gulbenkian apresenta “Música no Feminino” este mês

Rokia Traore DR
Fotografia: Rokia Traoré/DR

A cantora maliana Rokia Traoré, a fadista Aldina Duarte e a pianista Joana Gama integram o ciclo “Música no Feminino” que a Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa, apresenta em janeiro.

Esta terceira edição da iniciativa dedicada a artistas mulheres, que simbolizam também, de alguma forma, o ativismo pelos direitos do sexo feminino, arranca no dia 23, às 21h.

O ciclo abre com Rokia Traoré, que regressa a Portugal depois de ter atuado várias vezes no Festival Músicas do Mundo de Sines. Além de divulgar, com o seu trabalho, a música mandinga de tradição oral, a cantora “tem discursado pela rejeição do papel tradicional da mulher na sociedade maliana e usa as suas canções para apelar a uma participação cada vez mais plena na vida do Mali”, refere a fundação.

As irmãs Mahsa e Marjan Vahdat atuam no dia seguinte, 24 de janeiro, à mesma hora. Impedidas de atuarem em público no Irão por serem mulheres, as duas artistas dedicam-se “à luta pelo reconhecimento do lugar capital que as mulheres ocupam na música e na sociedade iranianas”. À Gulbenkian trazem um repertório espiritual e ancorado na música tradicional persa.

O terceiro dia do ciclo, a 25 de janeiro, estará a cargo da fadista Aldina Duarte, “cujo fado é, também ele, atravessado por reflexões em torno do lugar da mulher”. A atuação conta com as participações especiais de Carlão e do pianista Filipe Raposo. O concerto está marcado para as 21h.

As últimas atuações do ciclo, que faz parte da temporada de música 2018/2019 da fundação, serão em dose dupla, com a maestrina Tianyi Lu e a pianista Joana Gama.

A jovem maestrina chinesa Tianyi Lu, assistente na Sinfónica de Melbourne (Austrália), conduzirá a Orquestra Gulbenkian em duas sessões no dia 27 de janeiro, às 12h e às 17h, para interpretar obras de Felix Mendelssohn-Bartholdy e Maurice Ravel.

Também a pianista Joana Gama apresenta-se duas vezes no encerramento do ciclo, no dia 28, com um recital dedicado ao compositor catalão Federico Mompou, e com uma atuação com o projeto “at the still point of the turning world”, acompanhada de Luís Fernandes e intérpretes da Orquestra Metropolitana de Lisboa, às 19h e às 21h30, respetivamente.

Recorde-se que, no início de 2018, Joana Gama tocou na Gulbenkian, no âmbito do programa “Pianomania”, durante 14 horas sem parar, a peça “Vexations”, do compositor francês Erik Satie.

 

AT com Lusa

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