Gatos e saúde humana? A ciência explica relação entre ambos

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[Fotografia: Tranmautritam/ Pexels]

Os felinos chegaram mesmo a ser venerados em civilizações antigas, tome-se como exemplo os egípcios, e são-o ainda hoje. Mas será que esta relação de carinho tem algum impacto na nossa saúde? Geneticistas, psicólogos, entre outros, já tentaram entender o porquê de a relação entre gatos e humanos e ser tão forte e quais os efeitos destes felinos na nossa saúde.

De acordo com análises de ADN os antecessores dos gatos domésticos são os gatos selvagens africanos, e os Felis Silvestris Lybica, que resultam da interseção entre os Mesopotâmia, Egito, Levante e Pérsia.

Algumas pesquisas indicam ainda que a nossa conexão com estes animais começou há 9 500 anos com evidências da relação entre humanos e gatos identificadas na Ilha Mediterrânea Cyprus.

De notar que os egípcios acreditavam que os gatos possuíam energia divina, por exemplo.

Um estudo concluiu que existem pelo menos 13 genes felinos responsáveis pela transição dos gatos de ferozes para amigáveis. Estes genes estão ligados a condições cognitivas e de comportamento.

O National Institutes of Health estimou que existem cerca de 85 milhões de gatos a viver nos Estados Unidos e cerca de 70 milhões de gatos sem dono.

Mas afinal o que é que os humanos tanto adoram nos gatos? De acordo com a especialista Patricia Pendry, da Universidade Washington State, o comportamento discriminatório destes felinos pode ser irresistível para os humanos.

A investigadora explica ainda que as respostas imprevisíveis dos gatos dão aos humanos a sensação de que são escolhidos e, por isso, especiais.

A cientista aponta também o facto de a natureza e o timing das suas ações são menos previsíveis e como tal nós mantemo-nos cativados e viciados, pois uma atitude mais carinhosa do nosso gato pode surgir a qualquer momento.

Pesquisas sugerem ainda que as semelhanças destes animais com bebés humanos também os tornam extremamente estimáveis para as pessoas. Instintivamente respondemos a olhos grandes e a comportamentos lúdicos. Também o comportamento misterioso destes felinos parece motivo de atração para nós.

A vocalização destes animais também é importante nesta matéria e e algumas formas de vocalização destinam-se à comunicação com humanos. Miar na hora do pequeno-almoço, por exemplo, é algo que fazem propositadamente.

O roçar nas pernas entre as pernas dos donos serve para que estes felinos deixem feromonas de forma a marcar território e também para recolherem informação olfatória sobre as suas interações com outros animais.

O ficar muito perto dos donos é também sinal de afeto e de ligação ao humano, pois os gatos tendem a ficar longe de pessoas que lhe transmitem ansiedade ou pelas quais não têm interesse.

Mas a verdade é que os gatos também podem afetar a saúde dos seus donos. Especialistas descobriram que viver com um gato pode trazer benefícios para a sua saúde, especialmente, a nível psicológico.

Um estudo conduzido em 2009 provou que as pessoas que têm gatos são menos propensas a morrer de ataque cardíaco do que as que nunca tiveram um gato. Já em 2011 um estudo realizado pelo United Kingdom Feline Welfare Charity Cats Protection, descobriu que 93,7% das pessoas que dizem ter um gato alegam sentir benefícios em relação à sua saúde mental.

Também uma outra pesquisa revelou que as crianças têm menos risco de desenvolverem alergias caso as famílias tenham animais de estimação.

De acordo com especialistas, os gatos também ajudam os humanos dando-lhes atenção e suavizam o sentimento de solidão ao mesmo tempo que oferecem conforto e afeto.