George e Charlotte deliciam britânicos numa Inglaterra com estado de espírito “muito sombrio”

A família real britânica celebrou este sábado de manhã o 91º aniversário da rainha Isabel II, mas foram os seus dois netos mais novos a chamar todas as atenções. Depois do tradicional desfile militar Trooping the Color, que se iniciou com um minuto de silêncio em homenagem às vítimas do incêndio na Greenfeld Tower e dos atentados em Manchester e em Londres, assistiram à exibição da Royal Air Force.

Charlotte, de dois anos, e George, com quase quatro, não desiludiram a multidão que se reuniu em frente ao Palácio de Buckingham, na capital britânica. Na varanda, os príncipes, filhos de William e Kate Middleton, mostraram que, apesar da tenra idade, sabem bem o que fazer nestas ocasiões. Com um vestido cor-de-rosa e ao colo da mãe, a princesa Charlotte acenou e sorriu. De suspensórios e camisa branca, George deixou-se fascinar com os aviões que sobrevoaram a residência oficial real.

“Um estado de espírito nacional muito sombrio”

Apesar de Isabel II ter nascido a 21 de abril, a tradição manda que no Reino Unido de celebre o aniversário da monarca a 17 de junho. No entanto, e devido àquelas recentes tragédias, a rainha admitiu este ano ser “difícil escapar a um estado de espírito nacional muito sombrio”.

A sua reação foi expressa em comunicado – “sem precedentes”, afirmou o especialista da BBC em assuntos reais -, emitido um dia após a população ter saído às ruas de Inglaterra para exigir justiça para as vítimas do incêndio que deflagrou no passado dia 14. Ontem, a monarca ja tinha visitado, na companhia do príncipe William, sobreviventes do incêndio que destruiu por completo a torre residencial de 24 andares, fazendo, pelo menos, 30 vítimas mortais. Há 76 pessoas desaparecidas.

Esta é, adiante-se, uma abordagem totalmente diferente da adotada pela rainha quando, há quase 20 anos, a princesa Diana morreu, a 31 de agosto de 1997, vítima de um acidente de viação em Paris, França. Nos dias seguintes, Isabel II foi durante criticada por não ter uma palavra a dizer ao ingleses que choravam a morte da princesa do Povo.