Matilde Djerf era, até há seis dias, um ícone de sucesso, de empreendedorismo, de inclusão e até uma das empresárias mais jovens e bem sucedidas da Europa, por via dos números online e nos negócios e através da lista 30 under 30 (30 talentos antes dos 30 anos, em tradução livre), elabora pela revista Forbes.
Contudo, tudo mudou num dia e depois de uma investigação do jornal sueco AftonBladet que revelou denúncias de 11 trabalhadores da marca Djerf Avenue acusando a CEO e influenciadora de bullying e terrorismo psicológico.
Apesar da empresa sueca promover valores como a “inclusão” e o “respeito”, os funcionários descrevem o ambiente vivido nos escritórios como o “pior” em que já trabalharam, depois da fundadora, Matilda Djerf, ter adotado uma cultura de insulto, favoritismos e bullying.
As alegadas vítimas, que preferiram manter o anonimato por medo de sofrer represálias, reportaram ao jornal que veem colegas a serem “intimidados diariamente”, a chorarem, com crises de ansiedade, e que a política de inclusão “não é genuína”, tendo mesmo obrigado um elemento a refazer uma produção de moda porque a mesma “parecia gorda”.
Matilda tinha apenas 24 anos quando criou a Djerf Avenue, em 2021, e levou o estilo escandinavo um pouco por todo o planeta. Três anos depois, a influenciadora sueca soma três milhões de seguidores no Instagram e acusações que se espalham a nível global e segundo as quais referem que o que ela promove diante das câmaras está longe de ser a realidade na sua marca de moda.
Margarida Cerqueira