Gouveia e Melo e o adeus da ‘task force’. “A missão está terminada”

Henrique de Gouveia e Melo
Vice-Almirante Gouveia e Melo, coordenador da task force da vacinação contra a covid-19 e que deixa funções após oito meses à frente do processo [Fotografia: Diana Quintela/Global Imagens]

“A missão está terminada”. A frase é do vice-almirante Gouveia e Melo que está a apresentar esta terça-feira, 28 de setembro, o último relatório da taxa de vacinação em Portugal sob responsabilidade das Forças Armadas.

Uma apresentação na qual fica claro que as funções da chamada task force – que há oito meses estavam nas mãos das Forças Armadas e encabeçadas pelo militar – serão agora encaminhadas para uma nova equipa sob tutela do Ministério da Saúde, numa transação de pasta que ainda há de contar com a presença de militares

“Estamos em 86,5% de vacinados com a primeira dose e já passamos os 84% com a vacinação completa, praticamente a atingir os 85%”, anunciou o coordenador da task force.

O vice-almirante disse ainda que Portugal “chegou 20 milhões de doses de vacinas” contra a covid-19, das quais “dois milhões de vacinas, ou seja, 10%” foram doadas.

Quanto a uma eventual terceira dose desta vacina, o coordenador que está agora de saída referiu neste último briefing que o stock conta com “cerca de dois milhões de vacinas”, pelo que, considerou o responsável, “não haverá nenhum problema”. “Já se iniciou ontem o processo de vacinação da gripe e está a preparar-se simultaneamente uma terceira dose para o mesmo grupo”, reforçou Gouveia e Melo.

A imunização de 85% dos residentes constituiu a referência definida pelo Governo para avançar para esta terceira etapa do plano de alívio das restrições impostas para controlar a pandemia, que entram em vigor a 1 de outubro.

Recorde-se que a task force contra a covid-19 foi criada em novembro de 2020, cerca de um mês antes do arranque do plano de vacinação. Depois de primeiros momentos envoltos em polémica devido a atribuição indevida de vacinas, o vice-almirante Henrique Gouveia e Melo assumiu a coordenação a 3 de fevereiro, na sequência da demissão de Francisco Ramos.

O primeiro-ministro António Costa elogiou esta manhã o trabalho das Forças Armadas numa operação que considerou “de sucesso” e desejou “boa sorte na vida pessoal e profissional” ao vice-almirante Gouveia e Melo.