Governo avalia regresso do teletrabalho. Sete regras vitais para impor limites

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“A situação vai sendo acompanhada em função do risco. Será feita uma avaliação mediante as circunstâncias”. A frase é da ministra do Trabalho, Ana Mendes Godinho, à margem de uma conferência pós-pandemia que está a decorrer na Gulbenkian, em Lisboa.

Em declarações aos jornalistas, a governante explicou que a eventualidade de o teletrabalho – que viu agora aprovadas novas regras no Parlamentovoltar a ter caráter obrigatório devido ao aumento dos casos de infeção por covid-19 não está descartado. “Vamos avaliando e implementando em cada momento as medidas que sejam necessárias, como sabe, aliás sempre com a Saúde, indicando os níveis de risco e o que deve ser implementado em função da evolução da pandemia.”

Estar em casa e a trabalhar não tem sido a possibilidade de todos. Mas para quem pode exercer as suas tarefas à distância, tal tem representado, para muitos, uma jornada laboral mais longa do que aquela se cumprira no local onde exerce a profissão. Uma realidade que acaba por ser fruto de uma mistura entre os tempos de trabalho e os momentos pessoais e familiares.

Para que os períodos laborais e os familiares não se diluam, se sobreponham ou não se estendam pelo dia fora, há mesmo que definir regras para que tal não aconteça, evitando maus hábitos e consequentes cansaço ou mesmo esgotamento.

Realismo na hora de distribuir o tempo

Combater o otimismo de que se consegue fazer tudo em menos tempo do que se julga é uma ideia que deve mesmo cair por terra. É importante ser realista e, com isso em mente, definir os horários em que pode haver maior produtividade ou maior foco.

Se há filhos e se eles chegam pelas 17 horas, o melhor é definir um horário de trabalho completo até esse momento. Caso existam outros ritmos familiares que obriguem a interrupções, deve acomodá-los e construir, mediante isso, um horário de trabalho compatível.

Impor regras nos telefonemas

Para muitos o teletrabalho representou fazer e receber chamadas e videochamadas fora de horas. Haverá sempre matérias urgentes, é certo, mas caso não sejam, é importante fazer passar a mensagem do horário laboral. No final, quem liga também vai agradecer.

Estabelecer regras de acesso a emails e redes sociais

Definir o número de vezes e horas por dia a que vai ao email ou aos grupos de trabalho no Facebook, Whatsapp ou outras redes pode facilitar a concentração. Estas plataformas podem levar à dispersão, o que faz com que o seu horário de trabalho não seja tão produtivo.

Separar fisicamente os espaços laborais e de lazer

Esta opção é mais relevante do que possa imaginar. Trabalhar nos locais da casa onde costuma descansar pode não ajudar à concentração e, em muitos casos, à postura corporal por não serem, muitas vezes os assentos mais adequados. Ter um espaço luminoso, confortável, agradável e preparado para o efeito vai ajudá-la a “regressar” ao trabalho sem sair de casa.

Estabelecer uma rotina de entrar e sair do trabalho

Levantar-se, tomar o pequeno-almoço e cumprir todo este ritual pode ajudá-la a começar a trabalhar e a cumprir um horário. Deixe para a expectável hora de saída tarefas que ajudem a preparar os dias seguintes, as questões de agenda, a organização do trabalho em geral. Daqui advém um panorama mais claro, menos confuso, mais disciplinado do que será o dia seguinte.

Tirar o pijama e vestir-se

Não está em causa vestir-se a rigor ou mesmo colocar uns saltos altos, se for esse o caso, mas permanecer de pijama vai fazer com que não desligue da sua vida pessoal. Este simples gesto imprime uma quebra na rotina

Evitar tarefas intermináveis

Organizar mais do que um dia, ter uma perspetiva global de como será a semana pode ajudar a evitar que se deixe submergir em tarefas intermináveis e que dificilmente concluirá. Uma planificação mais detalhada vai ajudá-la a gerir melhor os dias.

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