Graça Freitas é candidata no concurso público para diretora-geral da Saúde. A confirmação foi feita pela própria ao jornal ‘Público’, que concorre ao lugar ocupado, até 20 de outubro, por Francisco George.
A até então subdiretora-geral da Saúde ocupa neste momento, e de forma interina, as funções de Francisco George, que se reformou, e a sua candidatura é uma das sete a concurso, segundo indicou a Comissão de Recrutamento e Seleção para a Administração Pública (Cresap)
Em entrevista ao i, no início deste ano, o antigo diretor manifestou o desejo de ver uma mulher a substituí-lo no cargo.
“Gostava que depois de mim viesse uma mulher. Dou muita importância à igualdade de género nos quadros da função pública e aqui na Direção-Geral da Saúde (DGS) temos procurado manter o equilíbrio: sou diretor-geral e tenho duas subdiretoras. Dos quatro chefes de serviço, dois são mulheres”, referiu o responsável numa entrevista conjunta com Graça Freitas.
Em agosto, Francisco George manifestou ao ‘Público’ o seu apoio à candidatura de Raquel Duarte, médica e especialista em saúde pública, chefe do Serviço de Pneumologia no Hospital de Gaia e professora na Universidade do Porto.
Desde 1899, Portugal teve 19 diretores-gerais da Saúde e entre eles apenas uma mulher, Maria Luísa Van Zeller, que foi nomeada para dirigir o organismo em 1963 e desempenhou a função até 1971.
A partir de 2013 o exercício dos cargos de direção superior na Administração Pública deixou de ser por nomeação, passando a resultar de concurso público. Essa alteração foi publicada na lei n.º 64/2011 de 22 de dezembro de 2011, que determina no artigo 18º. que “os titulares dos cargos de direção superior são recrutados, por procedimento concursal”.
O processo de avaliação das candidaturas ao cargo de diretor-geral da Saúde deverá demorar cerca de dois meses a estar concluído.
Imagem: Filipa Bernardo/ Global Imagens