Greve feminista: quatro motivos (e mais um) para parar

“Pretendemos parar, para que se perceba que, se pararmos, o mundo para, porque o trabalho que desenvolvemos – remunerado e não remunerado, no setor formal e informal, é absolutamente imprescindível para que as sociedades funcionem”. É assim que Andreia Peniche, da plataforma Rede 8 de Março, resume a razão da primeira greve feminista nacional, com o apoio de sindicatos, para este 8 de março, Dia Internacional da Mulher.

São quatro os principais eixos desta greve, definidos pelo manifesto apresentado em fevereiro: greve ao trabalho assalariado, ao trabalho doméstico e à prestação de cuidados, ao consumo de bens e serviços e greve estudantil. Mas a organização, que tem realizado nos últimos anos protestos contra aquilo que designa de “justiça machista”, não quis deixar de renovar esse combate, com as últimas notícias sobre os casos de vítimas de violência doméstica e decisões de tribunais, Ministério Público e forças policiais. Por isso, juntou aos quatro eixos, um quinto transversal, que elege esta greve também como um protesto “por justiça” e contra a violência doméstica, sexual e psicológica de que as mulheres são alvo, pelo facto de serem mulheres.

Além da greve, estão previstas concentrações em várias cidades do país, como Lisboa, Porto, Braga, Coimbra, Viseu, Vila Real, Évora ou Ponta Delgada (Açores), entre outras.

Na galeria em cima, fique a conhecer com mais detalhe cada um desses eixos e quais as reivindicações.

8 de Março: Como se prepara a primeira greve feminista em Portugal?