Só em 2023, foram 267 os casos de alegada intoxicação por inalação de fumos químicos que podem ter sido libertados por panelas ou frigideiras antiaderentes, em teflon.
Valores reportados aos Centros de Envenenamento dos Estados Unidos da América e que indicam um aumento exponencial, com as autoridades a falarem de um registo anual que triplicou face a anos anteriores. Em 2019, terão sido reportados 79 casos.
Batizada nos media como a ‘Gripe do Teflon’, trata-se de efeitos que são provocados pelos vapores emitidos pelos polímeros que compõem os revestimentos antiaderentes – politetrafluoretileno (PTFE) – quando sujeitos a altas temperaturas ou quando, danificados, aumentam o risco potencial de contaminação.
As autoridades ainda estão a tentar confirmar efetivamente o impacto da libertação de gases e produtos químicos tóxicos durante a cozedura dos alimentos, mas alertam para efeitos e sintomas corporais que podem durar um a dois dias e que podem manifestar-se com dores de cabeça, náuseas, febre, paladar desagradável, sede, tosse, fraqueza e dores musculares.
Os especialistas aconselham, por isso, uma melhor ventilação e filtragem de ar na cozinha, com recurso a exaustores, janelas abertas e purificadores de ar com filtros apropriados.
Quanto aos utensílios usados na confeção de alimentos, sugere-se a preferência por materiais e produtos de baixa emissão com teor reduzido de metal. Aconselha-se a substituição regular das panelas e frigideiras com estes revestimentos, crendo-se que os que incluem PTFE na sua composição tenham uma vida útil de cinco anos.
Os investigadores pedem também que se siga à risca as recomendações dos fabricantes, que não se empilhe este tipo de material nos móveis (para não o danificar) e, aquando da lavagem, usar sempre produtos não abrasivos.