Gulbenkian premeia APAV e dinheiro vai para as vítimas

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A Fundação Calouste Gulbenkian revelou esta quarta-feira, 17 de julho, que a Associação Portuguesa de Apoio à Vítima (APAV) é uma das vencedoras dos prémios de 2019, atribuídos anualmente pela instituição.

A associação congratulou-se com o Prémio Gunbenkian 2019 na área da Coesão, considerando que é o reconhecimento do trabalho desenvolvido em 29 anos e um incentivo para continuar a apoiar as vítimas de violência e crime.

Em comunicado, a associação agradece o galardão, que será entregue na sexta-feira, 19 de julho, pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e disse que o toma como “o reconhecimento de um trabalho de mais de 29 anos com as vítimas de violência e de crime”.

A APAV referiu que o Prémio Gulbenkian 2019 constitui um incentivo à continuação da sua missão: “enquanto projeto inovador na sociedade portuguesa, ao serviço do país, do desenvolvimento e da coesão social, apoiar quem é vítima de crime e promover a defesa dos direitos das vítimas”.

O valor do prémio, segundo a APAV, será aplicado no apoio às vítimas de crime de grupos vulneráveis. O Prémio Gulbenkian Coesão tem o valor de 50 mil euros e será entregue na sexta-feira, dia em que a Fundação Calouste Gulbenkian homenageia o seu Fundador (assinala-se a 20 de julho a sua morte), num conjunto de cerimónias que culminam com a entrega dos Prémios Gulbenkian.

A fundação distinguiu igualmente este ano com o Prémio Gulbenkian o programa radiofónico ’90 segundos de ciência’, na área do Conhecimento, e o Teatro Metaphora – Associação de Amigos das Artes, na área da Sustentabilidade.

Gulbenkian reconhece Amin Maalouf

Já o Prémio Calouste Gulbenkian 2019 no valor de 100 mil euros, será entregue ao escritor e jornalista líbano-francês Amin Maalouf. Segundo a fundação, Maalouf, “reconhecido como um dos nomes mais influentes e respeitados do mundo árabe”, foi escolhido por um júri presidido por Jorge Sampaio.

Amin Maalouf “tem sido um incansável construtor de pontes, procurando mostrar o caminho das reformas necessárias para construir um mundo em paz, de acordo com um modo de vida mais justo e sustentável”, escreve a Gulbenkian.

“Na sua mais recente obra Le Naufrage des Civilizations, Amin Maalouf, que prossegue a sua análise sobre a crise do ‘vivre ensemble’, analisa as derivas e as feridas que se podem abrir nas civilizações modernas e apresenta pistas para que europeus e árabes possam cooperar na construção de um mundo melhor, no respeito pelo Estado de Direito e os Direitos Humanos”, acrescenta a fundação.

Os prémios Gulbenkian são anualmente atribuídos e dividem-se em: Prémio Calouste Gulbenkian, na categoria de Direitos Humanos, que em 2019 é dedicado ao Reforço da Democracia na era digital, e Prémios Gulbenkian, nas categorias de Coesão (vertente Violência contra grupos vulneráveis), Conhecimento (vertente Tecnologias para a aprendizagem) e Sustentabilidade (vertente Economia circular. Este ano assinala-se o 150.º aniversário do nascimento de Calouste Sarkis Gulbenkian.

CB com Lusa

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