Quase duas em cada dez pessoas (18%) revela ter pesadelos de forma recorrente e alguns são tão intensos que podem mesmo indicar um distúrbio de sono. Uma análise levada a cabo por várias universidades dos Estados Unidos da América tentou perceber o que leva as pessoas a terem sonhos que as deixam perturbadas. Dois estudos separados a correrem em paralelo e que envolveram 1600 participantes com idades entre os 18 e os 81 anos tentaram estabelecer uma correlação entre pesadelos e solidão e detetaram a ligação.
As investigações identificaram a ruminação (preocupação latente e persistente) e a hiperexcitação (estado permanente de alerta) como fatores que contribuem em igual proporção para a ligação entre os pesadelos e a solidão. Na verdade, é como se esta tivesse um dispositivo que acionasse um alarme interno e, pela angústia do isolamento, levar a mais pesadelos e mais assustadores. Resultados que pode ler ao detalhe e no original aqui.
Recorde-se que a solidão, que tem vindo a ser estudada, está cada vez mais associada não só a problemas de saúde mentais mas também a físicos.
Já em 2016, a Universidade de York tinha compilado 23 estudos, que envolveram 180 mil pessoas, e concluiu que a solidão aumenta o risco de doença cardíaca em 1/3 e deve ser tratada de forma tão séria como a dependência do tabaco ou os problemas de obesidade. Um ‘racio’ que aumenta exponencialmente quando à solidão estão associados comportamentos pouco saudáveis ou mesmo inatividade. Mais: pode provocar doenças ao criar efeitos diretos no sistema imunitário ou na pressão arterial, ou ainda na depressão.
