Esta doença sexual está a alarmar as autoridades

É sexual, transmissível e desenvolve-se praticamente sem sintomas de maior até que se manifesta, podendo causar sérios problemas genitais e arriscando comprometer o futuro da saúde reprodutiva. A bactéria Mycoplasma genitalium (MG) pode estar na origem da inflamação do útero e do colo do útero, levando a complicações ao nível do parto – que pode ser prematuro – e da infertilidade. Nos homens, esta doença causa inflamação da uretra.

Se não for tratada corretamente, a inflamação por esta bactéria está a desenvolver, creem as autoridades, resistência aos antibióticos. Por isso, a possibilidade de se vir a tornar uma superdoença levou já a Associação de Saúde Sexual e e HIV britânica a fazer disparar todos os alertas e a lançar uma campanha de sensibilização em prol de comportamentos que promovam a proteção e que evitem a transmissão desta bactéria.

Descubra a doença que afeta as mulheres que não fazem sexo

“Estas novas linhas orientadoras foram desenvolvidas porque não podemos continuar a olhar para esta realidade da mesma maneira que temos feito nos últimos 15 anos e que levou a um indubitável problema de saúde pública, com a emergência do MG como uma superbactéria”, referiu à estação pública britânica BBC Paddy Horner.

Autora destas mesmas diretrizes agora reveladas, a especialista lembra que se “recomenda aos doentes que tenham os sintomas que sejam diagnosticados corretamente através de um teste específico, bem como ser sujeitos a um tratamento que garanta a cura”.

No caso das mulheres, a sintomatologia passa pela presença de corrimento, podendo evoluir para dores pélvicas fortes, relações sexuais dolorosas e hemorragias. Quanto à proteção, Helen Fifer, microbióloga no Instituto Inglês de Saúde Pública, recomenda, em declarações ao canal público britânico BBC, o uso de preservativo para evitar a proliferação desta bactéria e de outras doenças sexualmente transmissíveis.

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