Há uma nova loja que vai querer conhecer

A loja da Kiabi no Fórum Sintra abre esta quinta-feira, dia 16 de março. O primeiro espaço da marca na zona da Grande Lisboa, tem 1800 metros quadrados e expõe as coleções de senhora e homem, linha de tamanhos grandes, feminina e masculina e uma vasta coleção de criança com várias linhas entre os 0 e os 16 anos.

A marca francesa nasceu em 1978 e o seu propósito é oferecer “moda a pequenos preço”, frase que lhe serve também de slogan. Hoje em dia a Kiabi tem um gabinete de design com cerca de 57 pessoas que seguem os moodboard (painéis com a inspiração da coleção) fornecidos pelo departamento de análise de tendências da marca. O Delas.pt esteve à conversa com Ophélie Hourriez, responsável pelo gabinete de tendências Kiabi, para saber mais sobre a marca e descobrir como se identifica uma tendência.

Quantos moodboards são criados para cada estação?

Este verão temos cinco. O laboratório de tendências é na Kiabi e somos seis na equipa. Eu trabalho mais especificamente para o departamento de criança, depois temos também o departamento de mulher, homem, roupa interior e bebé. O que é realmente interessante é que nesta equipa somos todos muito diferentes, e todos trazemos perspetivas muito distintas ao nosso trabalho e isso é muito enriquecedor. No início de cada estação fazemos uma grande pesquisa do que se passou nas passerelles e começamos a trabalhar em vários moodboards, com o que foi mais marcante para a estação. Depois deste trabalho fazemos uma reunião com os designers de todas as equipas para lhes mostrar as tendências mais fortes e qual o caminho que devem seguir.

Os moodboards são usados para todas as linhas, ou existem tendências mais específicas para um determinado segmento?

As tendências são gerais e servem todas as linhas. O que às vezes é mais alterado são algumas cores e detalhes para o departamento de criança, que precisa de tons mais vibrantes e padrões mais divertidos. No fundo as temáticas são sempre as mesmas mas trabalhadas de forma diferente.

Quando procura as próximas tendências só olha para os desfiles?

Não, também olhamos muito para o que se usa na rua, é muito importante saber o que as pessoas usam e também é muito importante olhar para o instagram e o snapchat. Temos de olhar para todo o lado porque as próximas tendências podem estar na comida, no cinema, na literatura, é preciso estar com a cabeça muito aberta para absorver tudo.

E como é que se sabe que se está perante a próxima grande tendência?

Sabemos que é uma tendência forte quando é algo muito presente nos desfiles e que passa para a rua muito depressa. Por exemplo o cor-de-rosa apareceu muito esta estação e por isso decidimos fazê-lo também para nós, é tudo muito rápido. É por isso que temos a coleção cápsula “Want it” que está apenas cerca de uma semana em loja e é muito forte nas tendências.

Acha que hoje em dia os influencers têm um papel importante nas tendências?

Sim. É por isso que seguimos muito os influencers nas redes sociais porque muitas vezes eles usam as próximas tendências e também porque os jovens os seguem muito.

Como é que o instagram mudou o seu trabalho? Tornou tudo mais rápido. Às vezes as raparigas compram Kiabi e partilham no instagram delas, por isso é importante nós também estarmos presentes aqui e termos este tipo de interação com as nossas clientes.

Esta influência das redes sociais é mais importante para as linhas de jovem ou adulto? Para as duas na verdade, porque todas as tendências começam no universo mais adulto e é depois adaptado a outras linhas.

Quando é que se começam a analisar as tendências?

É logo depois da temporada terminar. Neste momento acabaram as semanas de moda de outono inverno e nós vamos começar a observar as tendências que apareceram.

Como é que se consegue manter o preço das peças tão barato?

É possível porque produzimos numa escala muito grande e porque trabalhamos muito próximos dos nossos fornecedores, com muitos deles temos relações de vários anos.


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