O ex-produtor norte-americano Harvey Weinstein, que foi condenado, em março, a 23 anos por violação e agressão sexual a Jessica Mann e Mimi Haleyi, deverá fazer nova tentativa de apelação da pena.
A informação foi confirmada pelo porta-voz do produtor de Hollywood, Juda Engelmayer, ao jornal britânico The Sun. “Esperamos que venha a existir apelação”, referiu, tendo como horizonte os próximos três meses. Em outubro, a defesa do ex-produtor de 68 anos tinha submetido um pedido para libertação condicional, alegando questões de saúde, mas foi indeferido.
Iniciativas que acontecem ao mesmo tempo que pendem sobre Weinstein novas acusações que chegam de uma antiga assistente britânica do produtor e cuja identidade está ainda sob anonimato.
Esta mulher, conhecida por YZ, acusa Harvey Weinstein e outros homens que, juntos, terão cometido “atos ilegais de agressão e assédio”.
O advogado desta ex-assistente, Jonathan Cohen QC, revelou, em novembro, que estão a chegar “algumas das mais surpreendentes alegações que um tribunal alguma vez verá”. Têm sido evocados, junto do processo submetido no tribunal de Trabalho, “terríveis abusos sexuais” e assédio de natureza “chocante”. Alegações às quais os porta-vozes de Harvey Weinstein ainda não reagiram.
Para lá deste processo britânico, é ainda esperado que Weinstein venha a comparecer diante do tribunal de Los Angeles, nos Estados Unidos da América, em abril de 2021, por mais dois alegados casos, que terão ocorrido em 2013.