Pessoas com dieta rica em hidratos de carbono correm maior risco de ter problemas de saúde do que as que consomem maiores níveis de gordura.
A equipa de investigadores, liderada por uma universidade no Canadá, avaliou 135 mil pessoas, com idades entre os 35 e os 70 anos, de 18 países dos cinco continentes e os principais resultados foram publicados na revista científica The Lancet.
Na galeria acima fique a conhecer os alimentos com maior índice de hidratos de carbono e quais os que, apresentando aquela composição, são os mais saudáveis.
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No estudo foram sendo questionados os hábitos alimentares das pessoas, que foram seguidas por uma média de sete anos e meio. Uma das conclusões mostra que uma dieta rica em hidratos de carbono (mais de 60% do total de energia consumida) está ligada a uma maior mortalidade, embora não surja relacionada com maior risco de doença cardiovascular.
Quanto às gorduras alimentares, não foi associado um maior consumo a uma maior mortalidade nem a maior risco de ataques cardíacos ou morte por doenças cardiovasculares.
Os investigadores consideram que esta análise traz conclusões “robustas, aplicáveis mundialmente e fazem nova prova em matéria de políticas nutricionais. Muitas pessoas não consomem a quantidade indicada de gruta, vegetais e legumes. Os resultados desta investigação [PURE -Prospective Urban Rural Epidemiology ] são consistentes com muitos dos estudos que têm sido feitos e publicados nos últimos anos, um pouco por todo o mundo”, declarou Mahshid Dehghan, investigadora para o Instituto para a Saúde da População, da Universidade mcMaster, em Ontario, Canadá.
Dehghan lembrou que durante décadas as diretrizes sobre hábitos alimentares foram no sentido de reduzir a gordura total para níveis abaixo de 30% da ingestão calórica diária, baseando-se na ideia de que reduzir a gordura deveria reduzir as doenças cardiovasculares. Contudo, não foi considerado como se substitui a gordura na dieta.
No estudo, o menor risco de morte verificado foi nas pessoas que consomem três a quatro porções (um total de 375 a 500 gramas) de frutas, vegetais e leguminosas por dia. Ou seja, uma dieta que inclua um consumo moderado de gordura e fruta e vegetais, evitando hidratos de carbono, está associada a um menor risco de mortalidade.
A investigação revelou que a ingestão de frutas, vegetais e leguminosas é globalmente de entre três a quatro porções por dia, quando as atuais diretrizes recomendam um mínimo de cinco porções diárias.
Mas as frutas e vegetais são relativamente caros nalguns países, sobretudo nos menos desenvolvidos, e muitas das pessoas não conseguem alcançar os níveis de consumo recomendados.
Na atual investigação, a ingestão de vegetais crus foi mais fortemente associada a menor risco de morte em comparação com o consumo de vegetais cozidos.
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