Hillary Clinton recebe apoio de peso na véspera do seu aniversário

Colin  Powell e Hillary Clinton
Colin Powell e Hillary Clinton (Fotografia: Jonathan Ernst/REUTERS)

Hillary Clinton recebeu, na véspera de completar 69 anos, mais um apoio político de peso e vindo da ala republicana.

Colin Powell, secretário de Estado durante a primeira presidência de George W. Bush, anunciou esta terça-feira, 25 de outubro, que vai votar na candidata do Partido Democrata, nas eleições de 8 de novembro.

Num discurso proferido no almoço do grupo empresarial Long Island Association, de Nova Iorque, o antigo secretário de Estado e general na reserva disse explicitamente: “Vou votar em Hillary Clinton”.

Powell, que ocupou na presidência de Bush o mesmo cargo que Hillary no governo de Obama, justificou a sua escolha com o facto de a candidata ser “inteligente”, ter “experiência” e um “temperamento adequado”, por oposição a Donald Trump, que concorre à Presidência dos Estados Unidos, pelo Partido Republicano.

“O outro candidato não está qualificado para ser Presidente. Insultou os afro-americanos, os latinos, as mulheres, os veteranos, os líderes do seu próprio partido e os que mais insultou são os que o apoiam, fazendo promessas que não pode cumprir”, acrescentou, citado pelo jornal local ‘Long Island Newsday’.

Apesar de a opinião de Powell em relação ao magnata nova-iorquino não ser propriamente desconhecida – em setembro foram divulgados emails, nos quais falava de Trump como “desgraça nacional” e “pária internacional”, refere a Agência Lusa – só ontem se soube publicamente qual a sua intenção de voto.

Hillary Clinton reagiu de imediato, com um agradecimento na sua página de Twitter, dizendo estar “orgulhosa de ter o apoio do general Powell, um soldado condecorado e um distinto homem de Estado”.

Pouco tempo e margem curta
A candidata democrata segue à frente de Donald Trump nas sondagens, com uma média de 45.5% contra 40.8% nas intenções de voto gerais, segundo a contagem mais recente do agregador RealClear Politics, para o ‘USA Today’.


Leia também: Hillary ganha terceiro debate mas com menor margem

Hillary vs Trump: ela vai à frente mas não muito


Jovens, mulheres e independentes têm sido apontados como eleitores que poderão fazer a diferença nas eleições, indicando, normalmente, uma preferência por Hillary Clinton. Mas as sondagens desta quarta-feira mostram uma ligeira recuperação de Trump e, além da redução de vantagem há ainda os chamados swing states, os estados onde não há uma maioria clara de apoiantes de nenhum dos dois partidos e que podem gerar surpresas no resultado eleitoral.

Por outro lado, o Presidente do país é eleito pelos colégios eleitorais, ou seja por 538 delegados, no total, que, em teoria, funcionam como representantes dos votos dos cidadãos. Mas como há estados que elegem mais delegados que outros, um candidato pode perder na maioria dos estados e, ainda assim, ser eleito presidente se conquistar o voto dos estados com maior representação colegial.

Foi o que aconteceu nas eleições de 2000 quando Al Gore (democrata) perdeu a presidência dos Estados Unidos para George W. Bush. Apesar de ter tido mais votos populares, Bush obteve mais delegados no colégio eleitoral, tornando-se presidente do país.