Hillary Clinton apoia a recontagem de votos em Wisconsin

U.S. Democratic presidential nominee Hillary Clinton listens as she is introduced by Gold Star father Khizr Khan at a campaign rally in Manchester

A campanha de Hillary Clinton anunciou este sábado, 26 de novembro, que se irá juntar a Jill Stein (Partido do Verdes) e Rocky Roque De La Fuente (independente) no pedido de recontagem de votos no estado de Wiscosin. Marc Elias, advogado da campanha de Hillary, esclareceu que apesar de numa primeira fase não ter avançado com o pedido de recontagem – por as suas investigações não terem revelado indícios de irregularidades na contagem de votos – agora que o processo já está aprovado quer acompanhá-lo para garantir que este é feito de forma justa para todas as partes.

Elias adianta ainda que se o processo de recontagem também abranger os estados da Pensilvânia e Michigan, a sua posição será coerente com que foi agora tomada.

O estado do Wisconsin, um dos que o republicano Donald Trump venceu por estreita margem nas eleições presidenciais dos Estados Unidos, anunciou, esta sexta-feira, que vai recontar os votos em resposta aos pedidos de dois ex-candidatos presidenciais.

A Comissão Eleitoral do Wisconsin, onde Trump se impôs à sua principal rival, a democrata Hillary Clinton, por pouco mais de 20.000 votos, indicou que irá recontar os votos na sequência dos pedidos para o efeito de Jill Stein (Partido Verde) e Rocky Roque De La Fuente (independente).

Este organismo “prepara-se para proceder à recontagem estatal dos votos segundo o solicitado por estes candidatos”, detalhou, em comunicado, o administrador da comissão estadual, Michael Haas.

Segundo Haas, a recontagem vai começar no final da próxima semana, “depois de a campanha de Stein pagar a taxa” necessária, a qual “está ainda a ser calculada”.

As leis do Wisconsin determinam que o estado faça a recontagem a pedido de um candidato, se este ou esta a puder pagar, mas nunca foi realizada uma operação do tipo.

A recontagem está estimada em um milhão de dólares (944 mil euros).

A estrutura de campanha de Stein tem estado a recolher dinheiro, através da Internet, para suportar os custos da recontagem nos estados do Wisconsin, Pensilvânia e Michigan e, até sexta-feira, tinha angariado 5,4 milhões de dólares (5,1 milhões de euros).

Uma verba que deverá chegar para financiar a recontagem de votos no Wisconsin e também na Pensilvânia.

A campanha lançou na quarta-feira uma iniciativa de angariação de fundos para financiar a recontagem de votos nesses dois estados e também no Michigan, onde os resultados eleitorais aguardam a validação final e a vantagem de Trump sobre Clinton é na ordem dos 10.000 votos.

O objetivo da campanha de Stein passa por chegar aos sete milhões de dólares (6,6 milhões de euros) para poder também custear a recontagem no Michigan.

De acordo com a campanha de Jill Stein, existem provas “convincentes” de “anomalias” na votação nestes três Estados e, por isso, é necessário verificar os resultados dos condados que dependem de máquinas de voto eletrónico.

Jill Stein, que obteve pouco mais de 1% do voto popular nas eleições de 08 de novembro, negou que o seu objetivo seja evitar uma Presidência de Donald Trump.

A vantagem nestes três estados federais foi determinante para que Donald Trump ultrapassasse os 270 grandes eleitores necessários no Colégio Eleitoral e conquistasse a eleição para a Casa Branca.

Estes estados votaram sempre no candidato democrata nas eleições presidenciais recentes.

Apesar de Trump ter conseguido impor-se no sistema do Colégio Eleitoral (órgão que determina o Presidente dos Estados Unidos), Hillary Clinton conseguiu superar o adversário republicano no voto popular com mais de 2,1 milhões de votos, segundo o site Cook Political Report.