A Holanda decidiu banir o uso da burka em vários espaços públicos, como escolas, hospitais, edifícios governamentais e transportes públicos.
A lei agora aprovada proíbe a cobertura do rosto das pessoas com peças de roupa ou acessórios que impossibilitem a sua identificação, como o tipo de véu associado àquele traje islâmico, mas também capacetes e máscaras de ski.
Para já a proibição aplica-se apenas aos espaços públicos definidos, não se estendendo a zonas exteriores, como as ruas.
Quem não cumprir as regras arrisca-se a uma multa que pode chegar aos 405 euros.
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Em declarações aos jornalistas, o primeiro-ministro holandês Mark Rutte afirmou que a medida aplica-se a “situações onde é essencial que as pessoas possam ser reconhecidas”, por questões de segurança, e esclarece que “não tem qualquer motivação religiosa”.
De acordo com a televisão estatal holandesa, NOS, o número de mulheres que usa burka no país não ultrapassará a meia centena e as que a vestem fazem-no apenas em algumas ocasiões.
Apesar disso, há vários anos que a questão da sua proibição é debatida na sociedade holandesa, sendo a sua proibição uma das reivindicações do Partido da Liberdade, que tem uma posição anti-islâmica e que lidera as intenções de voto, nas sondagens, desde março.
Ao longo deste ano, o vestuário islâmico gerou discussões e alterações legislativas em países europeus, como a França ou a Alemanha, que, às questões segurança juntam também justificações relacionadas vom a integração cultural.
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