Os nomes das apoiantes da causa não podiam ser mais sonantes: Reese Witherspoon, Shonda Rhimes, Ashley Judd, Eva Longoria, America Ferrera, Natalie Portman, Rashida Jones, Emma Stone, Cate Blanchett, Meryl Streep e, entre outras, Kerry Washington são apenas algumas das mais de 300 atrizes que lançaram esta segunda-feira, 1 de janeiro, um projeto para apoiar a luta contra o assédio sexual tanto em Hollywood como noutras profissões nos Estados Unidos da América.
Entre outros elementos desta nova plataforma apelidada de Time’s Up, formada na sequência de diversas acusações de assédio sexual que se seguiram ao escândalo à volta da conduta do produtor Harvey Weinstein, estão a presidente da Universal Pictures, Donna Langley, a escritora Gloria Steinem, a advogada e ex-chefe do Gabinete de Michelle Obama, Tina Tchen, e a co-presidente da Fundação Nike, Maria Eitel.
Com elas estão ainda argumentistas, diretoras e outras personalidades do cinema a dar as mãos pelo projeto que incluirá um fundo para apoio legal a mulheres e a homens vítimas de assédio sexual no trabalho.
A organização já arrecadou mais de 13 milhões de dólares (10,8 milhões de euros) dos 15 milhões de dólares (12,5 milhões de euros) que pretende para esse fundo. O projeto destina-se principalmente às pessoas cujos empregos mal remunerados não lhes permitem defender-se, como, por exemplo, trabalhadoras agrícolas e domésticas, porteiras, operárias e empregadas de café.
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“Muitas vezes, o assédio persiste porque os perseguidores nunca sofrem as consequências das suas ações“, diz o grupo numa “carta de solidariedade” publicada no seu site. Esta carta, que começa com “Caras Irmãs” e termina com “solidariamente”, também foi publicada numa página completa no New York Times (pode ler no original aqui) e no jornal de língua espanhola La Opinion.
Reivindicações vão para lá da justiça sobre o assédio
A Time’s Up também exige mais mulheres em cargos diretivos, igualdade de remuneração e de oportunidade para as mulheres, e pede aos meios de comunicação social para destacarem os abusos que ocorrem “em campos profissionais menos glamorosos e menos valorizados” do cinema, com o objetivo de fazer do setor de negócios do espetáculo “um lugar seguro e equitativo para todos”.
CB com Lusa
Imagem de destaque: Shutterstock
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