Hortas em casa também germinam nos smartphones

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Lembra-se do Farmville, o célebre jogo do Facebook que ajudava a gerir plantações e criações de animais, mas em tempos que não eram bem os da realidade? Bom, isso não está de volta, mas a Plantit, empresa bracarense dedicada a produtos para horta e jardins ecológicos, talvez caminhe nesse sentido.

Na semana passada, a organização lançou uma aplicação gratuita e informativa (para IOS e Android) que quer ajudar os agricultores modernos, urbanos e de pequenos espaços a gerir as suas reduzidas plantações ora de alfaces, ora de tomate, ora de ervas aromáticas e de muito mais.

“O que a distingue esta ‘app’ é que está associada à vida real, mesmo não tendo para já a possibilidade de interação. No que diz respeito ao ‘Borda d’Água’, a Plantit diferencia-se porque toda a informação disponibilizada cumpre as regras da agricultura biológica e não apenas da tradicional”, explica Susana Caseiro, fundadora da empresa que conta com seis anos de existência. A proprietária não descarta, todavia, a possibilidade de esta ferramenta poder ser interativa. Quem sabe, diz uma das responsáveis, tal possa vir a acontecer a “médio prazo”.

Neste momento, contam-se cerca de 300 descargas da aplicação – que apresenta informação detalhada sobre 30 variedades de produtos biológicos – e que partem de utilizadores do território português, mas também do brasileiro, do norte-americano e do chinês. Valores, considera Susana Caseiro, “muito bons”.

Difícil é perceber, pela ‘app’, quem são os interessados em procurar informação para a horta de varanda e, por vezes, de vasos. Na verdade, “só a interação dos clientes com as nossas redes sociais é que podem trazer essas caraterísticas”, como explica a fundadora da Plantit.

Assim, de acordo com os dados avançados pela empresa, cerca de 70% dos seguidores são mulheres, com predomínio de faixas etárias que vão desde os 25 aos 54 anos e com perfil urbano. “O predomínio de utilizadoras do sexo feminino não surpreende, afinal elas estão mais ligadas à cozinha e aos produtos biológicos”, justifica a empreendedora.