IKEDA: o restaurante onde qualquer pessoa com alergias pode comer

IKEDA Japanese Cuisine é um restaurante japonês que pretende trazer a cultura ocidental para o Porto, criando uma ligação entre ambos. Sensibilizado para o facto de a maioria das pessoas com alergias alimentares evitar fazer refeições fora de casa, este restaurante criou um conceito onde qualquer pessoa, mesmo quem tem alergias, possa comer sem preocupações.

O restaurante definiu como objetivo tornar-se numa referência nacional como espaço “Food Allergy-Friendly”. Para que este conceito fosse possível, estabeleceu uma parceria pioneira com a Faculdade de Ciências da Nutrição e Alimentação da Universidade do Porto (FCNAUP) que lhe permite ter toda a equipa do IKEDA preparada para receber, de forma confortável e segura, aqueles que sofrem desta condição.

Tiago Coimbra Branco, gerente do IKEDA, respondeu a algumas questões coladas pelo Delas.pt. Veja abaixo:

O objetivo do restaurante é tornar-se numa referência nacional como espaço “Food Allergy-Friendly” e contribuir para colmatar uma lacuna que ainda se verifica ao nível da oferta da restauração nacional [Fotografia: DR]
Existem várias alergias alimentares, a alimentos diferentes. De que forma garantem que todas as pessoas possam, em segurança, comer uma refeição completa no IKEDA?

Neste momento, o IKEDA já apresenta na sua carta a informação de todos os potenciais
alergénios envolvidos na preparação de cada prato, de forma a permitir aos clientes com
alergia optar por uma escolha informada e segura das suas refeições. Desta forma, este tipo
de cliente conseguirá identificar facilmente a composição de cada prato e a sua preparação e veja a existência de ingredientes a que seja efetivamente alérgico. Neste sentido,
pode efetuar o pedido de entradas, pratos principais ou sobremesas em conformidade.
Inclusivamente, clientes alérgicos ao peixe ou marisco, podem encontrar também no IKEDA
outras opções igualmente saborosas, como o Ramen, a Yakisoba ou a Gyu Bowl, ainda que o conceito principal do espaço seja o de um restaurante japonês onde o peixe e o marisco
estão maioritariamente presentes. O cliente com alergia alimentar poderá ainda esperar do IKEDA um atendimento personalizado, de acordo com as suas necessidades específicas e desde o momento em que efetua a sua reserva no restaurante, o que propicia igualmente a redução dos riscos de potenciais reações alérgicas em cada uma das etapas de preparação e distribuição da refeição.

Que cuidado é preciso ter para que qualquer pessoa com alergias alimentares possa sentir-se segura a comer num restaurante?

Para se poder posicionar como um espaço Food Allergy-Friendly, onde os clientes com este
tipo de alergias possam fazer uma refeição de forma segura e confortável, o IKEDA decidiu
estabelecer uma parceria pioneira com a Faculdade de Ciências da Nutrição e Alimentação,
da Universidade do Porto, no sentido de ficar a conhecer e poder implementar um conjunto
de cuidados e procedimentos que, geralmente, passam ao lado dos estabelecimentos de
restauração. No âmbito desta parceria, cada elemento da equipa do IKEDA recebeu formação certificada de excelência na área que lhe permite, no exercício das suas funções específicas, contribuir de forma pró-ativa e preponderante, para reduzir o risco de exposição acidental a alergénios, e melhorar a segurança alimentar e bem-estar dos clientes com alergia alimentar. Adicionalmente, a mesma faculdade prestou um serviço de consultoria na elaboração de fichas técnicas e na identificação dos alergénios presentes nos nossos pratos, o que nos permitiu ter informação personalizada na nossa carta nacional e internacional.
A existência de um staff informado aliado à implementação de todos procedimentos de
segurança e boas práticas, permite não só prevenir a contaminação cruzada e a exposição
acidental a alergénios mas também ter uma capacidade de resposta eficaz em situações de
Emergência em que se verifique a ocorrência de uma exposição acidental e anafilaxia.

Conseguir criar e colocar em prática este conceito foi algo demorado?

Os cursos de formação iniciais tiverem uma duração relativamente curta, no entanto, sabemos que a educação e o treino de um staff nesta área é um processo de melhoria contínua, inerente à própria rotatividade da equipa, à experimentação de novos sabores e receitas e à necessidade de atualização da informação disponível nas nossas cartas.

Muitas pessoas têm receio de comer sushi e, inclusive, nunca o experimentaram. Como se pode convencer uma amiga a experimentar, sem receios, esta refeição?

Em primeiro lugar é preciso perceber a origem desses receios e identificar o tipo de alergia existente. O que o IKEDA faz é procurar, de forma proativa, minimizar os riscos potencialmente existentes quando se faz uma refeição fora de casa. Neste contexto, o restaurante trabalha diariamente para assegurar a máxima qualidade nas matérias-primas que utiliza e junto dos fornecedores selecionados a que recorre. Por outro lado, há um
investimento permanente e contínuo na formação e treino da sua equipa para reduzir os
riscos de contaminação em todas as etapas. Adicionalmente, e uma vez que o IKEDA se posiciona como uma extensão do Japão no Porto, temos uma variedade de pratos e de sabores na nossa carta, fiéis à gastronomia nipónica e que vão para além do sushi, o que confere aos nossos clientes uma grande liberdade de escolha e a oportunidade de ter uma experiência tipicamente japonesa em qualquer refeição.

Se tivesse que enumerar três mitos sobre o sushi, quais seriam?

1. Comer sushi é perigoso. Qualquer tipo de cozinha que não siga os procedimentos corretos de produção e manipulação dos géneros alimentícios é perigosa. O sushi não é mais perigoso só por consistir em peixe cru, desde que os procedimentos corretos sejam aplicados.

2. Todo o peixe utilizado no sushi é congelado. A grande maioria do peixe servido nos restaurantes já foi congelado em alguma fase do transporte, ou até mesmo no próprio restaurante. No entanto, apesar de serem poucos os restaurantes que servem peixe que nunca foi congelado, o IKEDA serve, garantindo que o produto é fresco e da maior qualidade e assegurando a segurança absoluta no seu consumo.

3. Sushi só pode ser comido com “pauzinhos”. Ao contrário do que muita gente pensa, não é obrigatório usar os hashi, vulgarmente conhecidos como pauzinhos, para comer sushi. Na verdade, é perfeitamente aceitável na etiqueta japonesa usar as mãos para o fazer, o que facilita a vida a quem não domina a arte de “comer com pauzinhos”.

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