“Nos últimos anos, a posição financeira da empresa foi severamente impactada pelo desafiador ambiente macroeconómico”. A justificação foi dada pela presidente-executiva da Tupperware, Laurie Ann Goldman, em declaração aos investidores e no dia em que foi revelado, pela agência noticiosa Reuters, que a icónica marca de utensílios de cozinha e armazenamento de alimentos e deu entrada com um pedido de falência.
A informação, avançada pela estação britânica BBC, revela ainda que a empresa se prepara para pedir permissão judicial para iniciar a venda do negócio, apesar de alegadamente querer continuar a operar. Esta decisão surge mais de um ano depois dos alertas feitos pela marca indicando o risco do fim. Estávamos, então, a 10 de abril de 2023, quando a Tupperware alertou para risco de colapso e de incumprimento a curto prazo caso não não fossem encontrados novos financiamentos. Nesse mesmo dia, recorde-se, e as ações em bolsa tinham caído 50%. Quebras do mercado de valores mobiliários que voltaram a registar-se esta semana acelerando a decisão.
Apesar do ligeiro aumento de vendas no período da pandemia, o facto de as pessoas cozinharem mais em casa fez cair a procura. As múltiplas tentativas de inovar nos produtos procurando seduzir as gerações mais novas não registaram o impacto esperado, a que se juntou o aumento dos preços de produção, das matérias-primas e custos de transportes.