Incapacidade dos pais em limitar o tempo de ecrã dos filhos conduz a mais discussões, afirma estudo

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[Fotografia: MOHI SYED/ Pexels]

Uma equipa de investigadores da Universidade Edith Cowan, na Austrália, conduziu um estudo que concluiu que muitos pais têm mais discussões por não conseguirem concordar na percentagem de tempo que os filhos devem passar no telemóvel, tablet, entre outros.

O uso destes aparelhos tem aumento a tensão familiar, afirmam vários pais. Os responsáveis pela pesquisa explicam que a grande maioria dos pais ainda está a “inventar” à medida que os avanços tecnológicos avançam.

Este estudo contou com a participação de 281 pais australianos, dos quais 75% relataram conflitos, tensão e desentendimento familiar sobre o uso destes dispositivos. No entanto, um em cada três nunca pesquisou sobre diretrizes oficiais sobre os media digitais por crianças.

No que diz respeito aos adolescentes, um em cada cinco dos pais falou sobre a falta de exercícios físico, dificuldade em completar tarefas, jogos excessivos, problemas de sono e isolamento social em relação aos hábitos tecnológicos dos filhos.

A pesquisa revela assim que os pais modernos estão a tentar compreender as consequências negativas dos media móveis. Muitos afirmam ainda que os filhos têm mais dificuldade em se concentrar, seguir instruções e lidar com emoções.

Outra conclusão do estudo é que os pais estão à procura de ajuda através de redes informais, o que pode indicar que as diretrizes oficiais sobre o tema poderão ser confusas ou difíceis de entender.

De forma a reduzir o tempo de ecrã do filhos os pais agem de várias formas, que passam por limitar o tempo nos dispositivos, 69.5%; conversar com a criança sobre para que usa o dispositivo, 68.1%; verificar os sites e aplicações visitadas pelas crianças, 66% e restringir o acesso com punição, 58.5%.

Os responsáveis pela pesquisa alertam ainda para o facto de muitos pais ainda não estarem cientes sobre a forma como as crianças usam os media móveis poderá influenciar o seu comportamento e o seu funcionamento executivo.