Os incensos estão de regresso e com eles não há meio termo, ou se ama ou odeia. Este tipo de ambientador assume várias formas e pode ser em stick, em cones, óleos essenciais. Independentemente da forma, o aroma é marcante e traz consigo uma marca cultural.
Segundo o jornal americano New York Times, a procura por este tipo de aromatizadores subiu em tempo de confinamento, reportando recorde de vendas de incensos e correlacionando esta procura com o aumento da prática de yoga, mas também com uma reconceptualização da casa, que, neste período, se tornou mais um refúgio e um templo que nunca.
Seja como for, o incenso conseguiu-se libertar dos rótulos culturais que o mantinha preso no imaginário popular, a um época, a um tipo de ambiente e de pessoa e, com um empurrão do marketing, tornou-se algo moderno. Muito graças ao que tem de milenar, autentico e até da sua aura religiosa.
Pouco produtos conseguiram obter uma unanimidade como o incenso no que diz respeito ao seu uso em rituais religiosos. Na verdade, há séculos que o incenso faz parte de religiões tão dispares como o budismo, o cristianismo ortodoxo, o catolicismo e o judaísmo.
Mas crenças à parte, o que é certo é que uma das virtudes do incenso é o seu poder de transformação do ambiente, onde se estende o seu aroma penetrante.
Essa sua característica torna o incenso num cúmplice na criação de atmosferas de reconhecimento, bem como num veículo fantástico para que as mentes possam “viajar”.
A ciência aponta alguns efeitos do incenso sob o nosso organismo. Uma investigação, realizada em 2008, apontava para a possibilidade de que queimar incensos (resina de Boswellia, incenso indiano) ativava canais iónicos no cérebro pouco conhecidos e que aliviava a ansiedade e depressão.
Estudos posteriores parecem confirmar os efeitos positivos de uma das substâncias do incenso, o acetato de incensol, com propriedades anti-inflamatórias, de proteção contra danos neurológicos e de estabilidade emocional.
Mas como em tudo há se não. Vários estudos vincularam o uso intenso de incenso ao cancro devido aos benzopirenos e outras substâncias indesejáveis que se produzem na combustão. Os defensores do seu uso alegam que uma ventilação apropriada dos espaços é mais do que suficiente para manter um ambiente livre de riscos. Em qualquer caso, uma recomendação: queime o incenso que queimar, que seja de boa qualidade e evite inalar substâncias que não sabe o que são.
Veja abaixo a seleção de incensos e queimadores em que pode apostar.