Incontinência e desconforto sexual. Quase oito em cada dez mulheres nunca falaram desta causa com ninguém

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[Fotografia: Pexels/ Karolina Gabrowska]

Menos de uma em cada cinco mulheres (12,96%) diz ter “um bom nível de conhecimento” em torno do pavimento pélvico. Ao contrário, quase oito em cada dez (77,31%) diz nunca ter discutido o tema ao longo da sua educação, seja na escola ou em ambiente familiar.

O estudo auscultou 401 cidadãs portuguesas com idades entre os 18 e os 80 anos e revelou “desconhecimento generalizado acerca da saúde do pavimento pélvico entre as mulheres portuguesas, revelando a necessidade urgente de maior educação e sensibilização sobre este tema crucial”, refere a marca autora da investigação, Intimina, em comunicado enviado às redações.

“Os dados recolhidos revelam que 68,33% das mulheres admitem que sabem pouco ou nada sobre o pavimento pélvico, sendo que 18,70% afirmam desconhecer completamente o tema, enquanto apenas 12,97% consideram ter um bom nível de conhecimento”, refere a mesma nota.

Dados que, lê-se na mesma nota, evidenciam “uma falha crítica no sistema educativo e na comunicação dentro das famílias, uma vez que a saúde do pavimento pélvico desempenha um papel fundamental na qualidade de vida das mulheres, afetando desde a continência até à saúde sexual e reprodutiva. A falta de abordagem deste tema na educação formal e informal contribui para a perpetuação de mitos, desconhecimento e estigmas em torno do corpo feminino. Sem essa base de conhecimento, muitas mulheres crescem sem entender a importância de prevenir e cuidar de problemas relacionados ao pavimento pélvico, o que pode levar a dificuldades evitáveis na vida adulta, como incontinência, desconforto sexual e outras complicações que poderiam ser minimizadas com práticas preventivas, como os exercícios de Kegel.”

Afinal, segundo a análise, quase 1/3 dos inquiridas (32%) revelou já ter tido problemas relacionados com um pavimento pélvico menos fortalecidos, tendo adiado tratar do tema por “vergonha, a falta de prioridade e o desconhecimento sobre que especialidade a consultar”.