Indignação é atraente para quem procura relações longas, diz ciência

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Se a indignação é vista como desejável, os cientistas concluíram que não basta falar. É preciso agir para resolver a questão, e não apenas falar sobre ele para se ser mais atraente para o sexo oposto. Aliás, não agir é até visto como o contrário: indignação sem ação pode aumentar a perceção de características indesejáveis, como neuroticismo e inconveniência.

Esta é a conclusão de um estudo que será detalhadamente publicado em breve na revista Emotion. Conduzida por uma equipa de psicólogos liderada por Mitch Brown, da Universidade de Arkansas, a análise procurou perceber como eram vistas as manifestações de indignação moral em contexto romântico, tendo sido ouvidos 870 participantes para este relatório.

Ora, a amostra de nove centenas de indivíduos, num contexto de realçar heterossexual, foi convidada, entre outros desafios, a avaliar perfis falsos de sites de encontros amorosos e a medir nível de atratividade tanto do mesmo sexo quanto do sexo oposto. As perguntas usadas procuraram avaliar o nível de interesse de uma pessoa num relacionamento de longo prazo. Quanto mais um heterossexual é rápido a julgar severamente os seus congéneres, mais tal significa maior preocupação com os concorrentes na competição intrassexual.

Os investigadores notaram que as mulheres eram muito mais atraídas do que os homens para esta componente da sedução, possivelmente devido às atitudes pró-sociais de confiabilidade e benevolência que isso transmitia e que podiam ser vistas como mais valiosas para o sexo feminino.

Especialista em comportamento pró-social, Mitch Brown já é o autor de um trabalho que analisa como os indivíduos altruístas são considerados os melhores partidos no longo prazo. Neste novo estudo, ele aprofunda essa ideia, concentrando-se nas manifestações emocionais que podem virar o coração.