Na mesma semana em que um estudo nacional revelou comportamentos sexuais de risco nos adolescentes (com mais de um terço a não usar preservativo na sua última relação sexual), a Ordem dos Médicos organiza as VII Jornadas de atualização em infeções sexualmente transmissíveis (IST).
Os debates acontecem este sábado, dia 13, na Ordem dos Médicos no Porto, e em causa está o aumento deste tipo de infeções. “Sabemos hoje que as IST têm aumentado anualmente em Portugal e é importante que os especialistas tenham acesso a informação atual e formas atuais de tratamento e abordagem às doenças”, afirmam em nota enviada às redações duas médicas responsáveis pela reunião, Madalena Sanches e Natividade Rocha.
Além de facilitarem a transmissão do VIH, as Infeções Sexualmente Transmissíveis podem também provocar implicações durante a gravidez e na saúde do feto, podendo originar infertilidade, abortos, partos prematuros e malformações; e ainda serem causadores de doenças inflamatórias pélvicas. Estão também ligadas a aumento de risco de cancro do colo do útero, da vulva, oral e do ânus.
Só na última década, os médicos observaram um aumento de IST como sífilis, gonorreia e LGV (linfogranuloma venéreo, uma lesão cutânea) mas também hepatite A e C, especialmente em relações homossexuais entre homens. Além destas e, segundo a nota enviada, as mais comuns em Portugal são o Vírus do Papiloma Humano ou HPV, infeção por Chlamydia, herpes genital e Trichomonas vaginalis, que ocorre mais frequentemente nas mulheres do que em homens.
Durante o encontro, que tem o apoio do Grupo para o Estudo e Investigação das Doenças Sexualmente Transmissíveis (GEIDST) e da Sociedade portuguesa de Dermatologia e Venereologia (SPDV), vão ter lugar conversas como Saber Abordar o Doente numa Consulta de IST, Vacinas – O Que está Disponível, Epidemiologia e Notificação das IST e Causadoras das Úlceras Genitais.
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