Influenciadora julgada por envenenar a filha bebé para ter mais seguidores

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[Fotografia: Pexels/Amar]

Infuenciadora e mãe de uma menina de um ano diagnosticada com esclerose tuberosa deixou de tomar um medicamento, por indicação médica, porque provocava convulsões. Contudo, apesar da retirada sob recomendação, a progenitora e influenciadora continuou a adquirir a restante receita e a medicar a bebé porque lhe permitia obter donativos e seguidores.

A mãe, de 34 anos, que possuía ainda a prescrição do medicamento, terá ignorado a opinião dos médicos e continuado a administrar o medicamento ao bebé, apesar dos efeitos secundários já detetados.

O caso está em tribunal, corre na cidade de Bisbane, no leste da Austrália, a acusação, que detalhou os factos esta manhã de terça-feira, 28 de janeiro, vinca que “não há realmente nenhuma explicação válida para o porquê de… (a mulher) não ter ido uma, nem duas, mas três vezes… à farmácia para obter um medicamento que ela sabia que já não era utilizado para o bebé e que sabia que isso lhe causava danos”, afirmou o procurador da polícia Jack Scott.

A mulher, sob anonimato, está detida desde 16 de janeiro e enfrenta acusações relativas a 11 crimes: cinco deles por envenenamento com intenção de causar dano, três por preparação com objectos perigosos, um por tortura, um por fabrico de material de exploração infantil e um por fraude.

O caso foi detetado após uma investigação policial que aponta para a administração indevida de medicação à bebé entre 6 de agosto e 15 de outubro do ano passado, tendo a mãe filmado as dores e angústias da bebé, publicado nas redes sociais e tendo conseguido angariar mais seguidores e donativos. A deteção aconteceu no hospital quando as análises clínicas à bebé demonstraram a administração de substâncias de medicamentos não prescritos.