Influenciadores que usem filtros em posts publicitários arriscam sanções

Group of millennial friends watching smart mobile phones - Teenagers addiction to new technology trends - Concept of youth, tech, social and friendship - Focus on smartphones
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Os influencers das redes sociais não deverão usar filtros faciais nas suas publicações de cariz publicitário a produtos de beleza e cosméticos. A decisão foi emitida pela autoridade britânica que regula a publicidade – a Advertising Standards Authority (ASA) – quer remover exageros desses posts que possam alterar sombras e texturas, proporções corporais distorcidas ao abrigo de um produto que está a ser publicitados, podendo levar a imagens não realistas.

A entidade definiu como sanção para quem viole esta norma a possibilidade de os posts em causa serem removidos ou mesmo banidos de aparecerem nas cronologias dos seus autores, iniciativas que, no entender da ASA, podem causar danos ao influenciador ou à reputação do anunciante e impedi-los de usar filtros enganosos no futuro.

Recorde-se que em setembro de 2020, o deputado britânico Luke Evans, membro da Comissão de Saúde e Assistência Social e clínico geral, tinha redigido um projeto de lei que pretendia que influencers identificassem legalmente as imagens que tinham sido alteradas digitalmente no sentido de mudar a aparência. O especialista considerou que as fotos editadas nas redes sociais estão ‘a alimentar uma crise de saúde mental’ e a criar uma “visão distorcida” da beleza.

Segundo o porta-voz da entidade ao canal público britânico BBC trata-se de “um foco contínuo de nosso trabalho nesta área continua a ser aumentar a consciencialização sobre as regras e apoiar os influenciadores com a orientação e as ferramentas de que precisam para ajudar a colocar seus anúncios da maneira certa”, Um trabalho que diz estar a correr “em estreita colaboração com as plataformas de media sociais, que podem e irão fazer cumprir as decisões quando um anunciante não quiser ou puder trabalhar no mesmo sentido.”

Em 2018, plataformas, infuenciadores, marcas e autoridade tinham já trabalhado em conjunto no sentido de definir regras para a identificação clara de post pagos.