Isabel II dedicou mensagem de Natal “às pessoas comuns que fazem coisas extraordinárias”

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Fotografia de Stuart C. Wilson/Reuters

A rainha Isabel II de Inglaterra dedicou a mensagem de Natal “às pessoas comuns que fazem coisas extraordinárias”, como os voluntários, cuidadores e “bons vizinhos”.

Isabel II não assistiu no domingo, pela primeira vez em 30 anos, à missa de Natal na igreja de Sandringham, no condado de Norfolk, a cerca de 180 quilómetros de Londres, devido a um “forte resfriado”, anunciou o Palácio de Buckingham.


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“Sua majestade a rainha não assistirá à missa na igreja de Sandringham esta manhã. A rainha continua a restabelecer-se de um forte resfriado”, indicou o palácio real num comunicado.

A monarca de 90 anos, líder da Igreja Anglicana, gravou a mensagem de Natal, com um forte conteúdo religioso, há uns dias no palácio de Buckingham, a sua residência oficial, noticiou a Efe.

Na sua única alocução pública não concertada com o Governo, a soberana evitou fazer quaisquer referências à atualidade política do Reino Unido, marcada pela decisão, em referendo, do país se retirar da União Europeia.

“Frequentemente encontrei forças nos meus encontros com pessoas comuns que fazem coisas extraordinárias”, disse Isabel II, que salientou os méritos “daqueles heróis em quem ninguém repara, cuja discreta dedicação os converte em pessoas especiais”.

Fazendo um balanço do ano, a chefe de Estado destacou as 67 medalhas alcançadas pelos atletas britânicos nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro e as 147 que somaram nos Paralímpicos.

“Muitos dos que as ganharam, receberam inspiração dos atletas de gerações anteriores. Essa inspiração alimentou as suas aspirações, e permitiu-lhes descobrir capacidades das quais apenas tinham consciência”.

“Não se ganham medalhas nem se salva vidas para se ser inspirador”, disse.

Isabel II destacou o trabalho daqueles que se dedicam a servir os demais e citou Santa Teresa de Calcutá que afirmou, “não podemos todos fazer grandes coisas, mas podemos fazer pequenas coisas com grande um amor”.

“Mesmo com a inspiração dos demais, é compreensível que às vezes, pensemos que os problemas do mundo são tão grandes que pouco podemos fazer para ajudar”, disse.

A rainha anunciou que esta semana irá deixar de exercer o patronato de diversas organizações caritativas antes de cumprir 91 anos em abril próximo.

Na missa de domingo, em Sandringham, participaram o marido da rainha, o príncipe Filipe de Edimburgo, de 95 anos, assim como o príncipe de Gales, Carlos, herdeiro do trono, e o seu filho mais novo, Henrique, enquanto o filho mais velho, terceiro na linha de sucessão, Guilherme, passou com a família da mulher.