Vem aí a primeira pós-graduação em ‘fact-checking, em Portugal

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[Fotografia: Anastasia Shuraeva/Pexels]

Uma nova pós-graduação em ‘fact-checking’ e desinformação arranca em fevereiro, no ISCTE, para “compreender melhor o fenómeno, as formas de lidar com ele e de o combater”, explicou o responsável do curso, Gustavo Cardoso.

A primeira fase das candidaturas para a pós-graduação em ‘fact-checking’, desinformação e informação para formar cidadãos no combate ao fenómeno das ‘fake news’ encontra-se aberta até dia 9 de janeiro de 2023 e pode ser feita no site do ISCTE, em Candidaturas.

O curso visa reforçar as competências académicas e profissionais dos alunos, conferindo-lhes um maior rigor na análise da desinformação e na produção de conteúdos mediáticos informativos, e fornece ferramentas para o consumo crítico e informado, de forma a identificar com maior facilidade elementos de manipulação, desinformação ou ausência de rigor.

Esta oferta formativa destina-se não só aos profissionais da comunicação, marketing, relações públicas e áreas afins, como também a todos os cidadãos que se preocupam com as consequências da desinformação.

O curso resulta do “surgimento ao longo da última década de um cada vez maior número de desordens comunicacionais em larga escala, tais como a desinformação”, e por isso, é necessário reforçar que “a informação é o maior bem das democracias e sem informação factual e verificada não há democracias”, esclareceu o professor Gustavo Cardoso à Lusa.

A pós-graduação arranca em fevereiro 2023, terminando o primeiro semestre em junho. O segundo arranca em setembro e termina em dezembro. As aulas são presenciais em horário pós-laboral, três dias por semana.

Esta pós-graduação tem parceria com o jornal de verificação de factos Polígrafo, no âmbito do projeto de investigação do Observatório Ibérico dos Media Digitais e da Desinformação (Iberifier), e do European Digital Media Observatory (EDMO), de que a Agência Lusa faz parte, juntamente com mais 21 entidades de Portugal e Espanha.