Issey Miyake. Criador japonês morreu aos 84 anos

(FILE) JAPAN ISSEY MIYAKE OBIT
[Fotografia: EPA/JIJI PRESS]

O estilista japonês Issey Miyake morreu aos 84 anos. A informação foi avançada por uma funcionária da empresa que detinha em Tóquio. “Ele morreu na noite de 5 de agosto“, disse a fonte por telefone à AFP, sem revelar sua identidade. Também não anunciou detalhes sobre o falecimento de Miyake.

O funeral de Miyake já aconteceu “apenas na presença de parentes”, de acordo com seus desejos, e não há planos de uma cerimónia pública, acrescentou.

O canal público de televisão NHK e outros meios de comunicação japoneses informaram a morte.

Miyake integrou o grupo de jovens estilistas japoneses que deixou a sua marca em Paris na década de 1970 e teve mais de meio século de carreira de sucesso.

Sobreviveu a Hiroshima e introduziu o “fazer coisas” na alta costura

Nascido em Hiroshima em 1938, Miyake tinha sete anos quando os Estados Unidos da América lançaram uma bomba atómica sobre a cidade, em agosto de 1945.
Sobreviveu à explosão que deixou quase 140 mil mortos e abriu a porta para o fim da Segunda Guerra Mundial, após o lançamento de outra bomba nuclear contra Nagasaki, três dias depois.

Designer criou o Miyake Design Studio em 1970 em Tóquio e pouco depois abriu sua primeira loja em Paris. Na década de 1980, no auge da carreira, Miyake começou a experimentar com materiais como plástico, metal, arame e até papel artesanal japonês.

Em março de 1994 com o célebre vestido “Pleats Please”, elemento integrante da coleção pronto-a-vestir outono-inverno 1995 [Fotografia: Patrick KOVARIK / AF]
Em março de 2020, na coleção pronto-a-vestir de mulher outono-inverno [Fotografia: Francois GUILLOT / AFP]
A 27 de setembro de 2019, modelo desfila de skate na coleção pronto-a-vestir de mulher primavera-verão 2020 [Fotografia: Christophe ARCHAMBAULT / AFP]
Coleção pronto-a-vestir primavera-verão de mulher, em setembro de 2018 [Fotografia:Bertrand GUAY / AFP]
Em junho de 2022 e na mais recente apresentação da marca no designer na Semana da Moda de Paris [Fotogografia: Julien DE ROSA / AFP]
Estilista foi pioneiro a propor roupas confortáveis de alta tecnologia, deixando de lado a grandiosidade da alta-costura em prol do que ele chamava simplesmente de “fazer coisas”.