Já é adulto? Então brinque

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Essencial para o desenvolvimento das crianças, brincar pode ser uma fonte importante de relaxamento e de estimulação para os adultos. Brincar, fazer de conta, jogar com outros adultos, com crianças e com animais é um excelente combustível para a imaginação, a criatividade, para a capacidade de resolução de problemas e para o bem-estar emocional, pelo que é uma importante ferramenta para o combate às doenças mentais.

Quem o diz é a ciência, ou melhor, vários estudos científicos apontam para a melhoria das funções cerebrais em adultos que passam tempo a brincar – brincar sem nenhum outro objetivo que não seja o puro divertimento. E as razões são simples de entender:

  • Alivia o stress, porque no mundo imaginário que criamos desligamos do real fazendo com que o corpo liberte endorfinas e nos faça sentir melhor.
  • Melhora o desempenho cognitivo. Jogar xadrez, fazer um puzzle, ou jogar ao Uno ajudam a concentrar-se e desenvolver estratégias, desbloqueando certos mecanismos cerebrais, enquanto se diverte com os amigos.
  • Aumenta a criatividade. Experimente usar legos para construir um robot: vai ter um que puxar pela cabeça para resolver um problema divertido. Depois esse lugar do cérebro fica mais ágil e capaz de resolver questões do quotidiano.
  • Melhora as relações com os outros, limita a timidez e aumenta a autoestima. Jogos como charadas e mímicas jogam-se em grupo e podem ser fonte de ‘palhaçadas’ e riso, que só fazem bem.

É particularmente importante brincar um país como Portugal, em que se estima haver 100 mil pessoas sofram de esquizofrenia e 200 mil de distúrbio bipolar. A depressão é a patologia mais frequente entre mulheres, afetando cerca de 25% das pessoas do sexo feminino, o dobro comparativamente aos homens. Segundo os especialistas, uma em cada cinco pessoas pode vir a sofrer de doença mental e esse número está em crescimento. O desemprego, as dívidas, as incertezas sobre o futuro estão a revelar-se demasiado pesadas para a população portuguesa.

Os especialistas apontam o dedo à crise económica que como principal fator de stress, depressão e até suicídio entre os adultos. Em todos os casos a intervenção precoce faz toda a diferença. Sinais como alterações de sono, falta de apetite, ansiedade excessiva ou oscilações de humor podem indicar perturbações mentais. Se os reconhece em si, consulte o seu médico ou marque uma consulta de psicologia.