Jacinda Ardern renuncia ao cargo de primeira-ministra. Eis quatro legados na Nova Zelândia e no mundo

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[Fotografia: Boris Jancic/EPa]

A primeira-ministra da Nova Zelândia, Jacinda Ardern, anunciou nesta quinta-feira, 19 de janeiro, que deixará o cargo em fevereiro, a nove meses das eleições

“Para mim, chegou a hora”, declarou numa reunião com membros de seu Partido Trabalhista. “Não tenho mais energia para mais quatro anos”, afirmou a chefe de Governo que liderava o país desde 2017.

Um mulher jovem na política que colocou na agenda mediática mundial o tema das mulheres e da sua relação com o mundo do trabalho e do poder.

Deu mundialmente nas vistas em setembro de 2018 quando se apresentou com filha de três meses, Neve, numa sessão da Assembleia-geral da ONU, na sede, em Nova Iorque. Jacinda Ardern discursava na Cimeira da Paz Nelson Mandela e, como amamentava, decidiu levar a bebé de três meses à reunião – e numa viagem de avião de 17 horas.

Em março de 2019, tornava-se o rosto, sem cedências, da guerra às armas no país e na sequência do atentado mortal a duas mesquitas em Christchurch, cidade neozelandesa, e no qual morreram 51 pessoas. A primeira-ministra da Nova Zelândia apresentava uma reforma das leis que proibia a venda de armas de assalto e de semiautomáticas de caráter militar. Recorde-se que, até ali, no país os maiores de 16 anos podiam adquirir armamento.

Dois anos depois, era empossada para um segundo mandato. A 6 de novembro de 2020, três semanas depois de uma vitória esmagadora nas eleições legislativas do país, a líder trabalhista reassuma, aos 40 anos, os destinos do país.

Com AFP