Jamie Oliver fecha seis restaurantes… e culpa o Brexit

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Parece que ninguém escapa à crise. Nem mesmo Jamie Oliver, um dos mais bem-sucedidos chefs da atualidade. Seis dos seus 42 restaurantes italianos no Reino Unido acabam de fechar portas e a culpa, defende ele, é do “aumento de custos” provocado pelo Brexit.

O fim dos estabelecimentos em Aberdeen, Cheltenham, Exeter, Tunbridge Wells, Ludgate e Richmond – os dois últimos em Londres – implica que 120 pessoas fiquem no desemprego. Ainda assim, o Jamie Oliver Restaurant Group frisou que tentará encontrar postos de trabalho para aqueles que saem afetados.

“Como todos os proprietários de restaurantes sabem, este é um mercado difícil e, após o Brexit, as pressões e as incógnitas tornaram tudo ainda mais complicado”, explicou, em comunicado, o diretor executivo da empresa, Simon Blagden. Segundo ele, cada restaurante tem de atrair pelo menos 3000 clientes por semana para ser lucrativo.

A má notícia surge pouco depois de Oliver admitir, num seminário, que o seu negócio tem estado em clara espiral descendente. “Eu desperdicei e destruí 40% dos meus estabelecimentos”. Foi o caso dos seus restaurantes na Austrália, que acumularam dívidas depois de a empresa que os geria, a Keystone Group, ter colapsado.

Os problemas parecem, até à data, não afetar de forma preocupante a fortuna pessoal do chef de 41 anos, avaliada em 280 milhões de euros. Note-se que, para lá da fronteira do Reino Unido, Oliver tem 28 restaurantes e planeia abrir outros 22, em países como a Austrália, o Brasil e a Rússia.