Jane Fonda na luta contra o cancro: “Não tenho medo de ir”

ITALY CINEMA
[Fotografia: EPA/ANDREA MEROLA]

Numa entrevista ao Entertainment Tonight, Jane Fonda, que luta contra um cancro, falou sobre a morte e na qual revelou “não ter medo de ir”. “Quando se chega à minha idade, é melhor estar ciente da quantidade de tempo que está para trás e que se estende à frente. Digo, isso é apenas realista. Não tenho medo de ir embora. Estou pronta. Eu tive uma ótima vida. Não que eu queira partir, mas sei que vai acontecer mais cedo ou mais tarde”, afirmou.

No passado mês de setembro, a atriz de 84 anos revelou nas redes sociais que está a lutar contra um linfoma não-Hodgkin, tendo já começado os tratamentos de quimioterapia. Afirmou estar diante de um “cancro muito tratável”, do qual “80% das pessoas sobrevive”, pelo que se sente uma “pessoa com muita sorte”. Além disso, reconhece ter “sorte por ter seguro de saúde e por ter acesso aos melhores médicos e tratamentos”. Acrescentou ainda que muitas famílias norte-americanas “não têm acesso a cuidados de saúde de qualidade” que recebeu o que, considera, “não está certo”.

Apesar dos tratamentos, o ícone afirma que não deixará que nada interfira com o seu ativismo climático e político. “Estamos a viver o momento mais consequente da história humana porque o que fazemos ou não agora determinará o futuro haverá, e não permitirei que o cancro me impeça de fazer tudo o que puder, usando todas as ferramentas, o que inclui continuar a construir esta comunidade Fire Drill Fridays e encontrar novas maneiras de usar a nossa força coletiva para fazer mudança”, disse no seu Instagram.

Jane Fonda é ativista pela causa climática há mais de 50 anos. Em 2019, em conjunto com a GreenPeace, lançou as Fire Drill Fridays, com o objetivo de consciencializar e incentivar o combate das alterações climáticas. Ao longo da vida, participou em protestos contra a Guerra do Iraque, a violência contra as mulheres e descreve-se a si própria como feminista.

A carreira de atriz iniciou-se em 1960, sendo vencedora de dois Óscares na categoria de Melhor Atriz: em 1971, pelo filme Klute, de Alan J. Pakula, e em 1978, por “O Regresso dos Heróis”, de Hal Ashby.