A visita não estava anunciada, mas foi captada. A primeira-dama dos EUA, Jill Biden, foi ao oeste da Ucrânia, e encontrou-se com a sua homóloga deste país em guerra, Olena Zelenska. A reunião, que durou cerca de duas horas, teve lugar o domingo, 8 de maio
“Eu queria vir no Dia das Mães [nos Estados Unidos da América]”, disse Biden, 70 anos, a Zelenska, de 44. “Achei importante mostrar ao povo ucraniano que esta guerra brutal tem que parar e que o povo dos Estados Unidos está com o povo da Ucrânia”, acrescentou.
Detalhes do encontro
No sábado, 7 de maio, foi anunciado na Roménia que Jill Biden tencionava passar o Dia das Mães numa aldeia perto da fronteira entre a Eslováquia e a Ucrânia.
A primeira-dama norte-americana viajou de carro para a cidade de Uzhhorod, a cerca de 10 minutos de distância de uma vila eslovaca que faz fronteira com a Ucrânia e onde tem estado em visita de quatro dias na Roménia e Eslováquia.
A escola onde as duas primeiras-damas se encontraram foi transformada em habitação de transição para migrantes ucranianos de outras partes do país e que acolhe cerca de 160 pessoas, dos quais 47 dão crianças.
Ao chegar à escola, Jill Biden abraçou Zelenska e ofereceu-lhe um ramo de flores, as duas entraram lado a lado numa pequena sala de aula e sentaram-se face a face perante repórteres antes de se reunirem em privado.
Após o encontro privado, as duas juntaram-se a um grupo de crianças que vivem atualmente na escola para fazer ursinhos de papel de seda para dar de presente no Dia das Mãe.
Zelenska, que juntamente com os seus dois filhos, estão em local desconhecido por razões de segurança, agradeceu a Jill Biden por este “ato de coragem” e disse: “Entendemos o que é preciso para a primeira-dama dos EUA vir aqui durante uma guerra, quando ações militares ocorrem diariamente e onde as sirenes aéreas soam também todos os dias”.
No fim do encontro, Jill terá oferecido uma moeda a que terá chamado a moeda da mudança, um amuleto especial. Uma peça que foi entregue a um dos seguranças de Olena. Este terá oferecido o pin da Ucrânia que trazia na lapela, segundo os relatos feitos pelos media que acompanharam a visita.
Jill Biden viajou sob sigilo, tornando-se o mais recente cidadão norte-americano de alto nível a entrar na Ucrânia após a invasão russa do país, em 24 de fevereiro.
Segundo a agência noticiosa norte-americana AP, a visita permitiu que Biden conduzisse o tipo de diplomacia pessoal que o seu marido gostaria de fazer.
O Presidente Joe Biden disse durante uma visita à Polónia em março que estava desapontado por não poder visitar a Ucrânia para ver as condições “em primeira mão”, mas que não foi permitido, provavelmente por razões de segurança. A Casa Branca disse na semana passada que o Presidente “adoraria visitar” a Ucrânia, mas não havia planos para o fazer para já.
CB com agências