Jovens estão a mudar a maneira como usam o perfume, avisa especialista

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[Fotografia: Pexels/Mart Production]

Podem ser florais ou mais doces, mais suaves ou intensos, mais doces ou mais ácidos e até unissexo. A maneira como cada pessoa se relaciona com as fragrâncias é muito pessoal e, tendencialmente, bastante duradoura.

A escolha dos perfumes pode até variar com as estações do ano – e devem -, mas não é habitual conhecermos pessoas que adotem mudanças radicais na escolha do perfume que ostentam quando se apresentam fisicamente.

Contudo, esta realidade pode estar a mudar, sobretudo para a conhecida Geração Z, aqueles que nasceram entre 1995 e 2010, fizeram a transição entre séculos e são, hoje, profundamente ligados à tecnologia e, por isso, muito ágeis.

Mas, afinal, em que é que tudo isto se relaciona com a perfumaria? “São uma nova geração de clientes muito versáteis”, analisa o perfumista Marc-Antoine Barrois, citado pela revista Harper’s Bazaar. O especialista crê que esta nova classe sociológica “coleciona fragrâncias de uma maneira especial”, ou seja, “não as usa como assinaturas olfativas de longo prazo, mas como memórias de um momento emocional específico ou estado de espírito das suas vidas”.

Um perfume surge não como uma imagem clara de si mesmo para os outros mas como produto de um momento vivido e sentido que se quer muito reproduzir neurologicamente a cada uso. ”O perfume lembra-os desta ou daquela memória”, corrobora Marc-Antoine Barrois, tendo por base a análise que tem feito ao mercado de compra de fragrâncias, que surgem também como uma extensão sensitiva do que se veste.