Kerber retira Serena Williams do trono do ténis

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Fotografia de Susan Mullane/USA TODAY Sports/Reuters

Esta semana marca o início de um novo reinado no circuito feminino de ténis, o da alemã Angelique Kerber, de 28 anos, que destronou a norte-americana Serena Williams, de 34.

Kerber já sabia que saltaria para o primeiro posto da classificação desde sexta-feira, quando viu Serena Williams ser afastada nas meias-finais do US Open.

“Sim, eu tenho tido alguns problemas graves no joelho esquerdo. Quando estamos lesionadas, ficamos a pensar noutras coisas enquanto deviamos estar a jogar e a pensar no jogo. A minha mente estava um pouco por todo o lado”, explicou ao The New York Times a tenista que esteve 186 semanas consecutivas no primeiro lugar do ranking da WTA.

Esta foi uma queda amarga para a norte-americana que, precisamente no US Open deste ano, somou 307 vitórias em ‘Grand Slams’ e igualou o número de vitórias conseguidas pelo homem com mais vitórias na modalidade, o suíço Roger Federer.


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A vitória no quarto e último ‘Grand Slam’ da temporada, depois de bater a checa Karoline Pliskova, por 6-3, 4-6 e 6-4, seria a cereja no topo do bolo para a germânica.

A presença na final valeu a Pliskova um salto de 11 posições no ranking. A checa, que tinha como melhor ranking a 12.ª posição, ocupa agora o sexto posto.

Como funciona o ranking WTA (Women’s Tennis Association)?
O ténis profissional é regulamentado pela ATP (Association of Tennis Professionals), no caso dos homens, e pela WTA (Women’s Tennis Association), no que toca a competições femininas. À exceção dos ‘Grand Slams’, que são independentes, estas duas organizações são responsáveis por todos os grandes torneios da modalidade, incluindo os Masters 1000 e Jogos Olímpicos. Os torneios mais pequenos, por sua vez, são organizados pela ITF (International Tennis Federation).

Tanto a ATP como a WTA são responsáveis por classificar os tenistas no ranking. A posição de cada atleta nesta tabela depende dos resultados nos torneios Grand Slam, nos Premier Mandatory, nos Premier Five (apenas para os que ocupam o top-20), Premier, WTA International, WTA 125K Series e torneios ITF.

No entanto, para fazer parte deste ranking é preciso ganhar pontos em pelo menos três destes torneios. Para as oito melhores tenistas do mundo, o WTA Finals – torneio de final de temporada – é obrigatório. Este último torneio é anual e as vencedoras dos ‘Grand Slams’ conseguem qualificação automática.

O facto de ter sido eliminada nas meias-finais do Open dos Estados Unidos fez com que Serena Williams fosse ultrapassada no ranking por Angelique Kerber. Ao vencer este torneio, a alemã conseguiu somar 2000 pontos e ultrapassar a norte-americana, apesar de esta ser a tenista com mais vitórias na história da modalidade.

Os portugueses no ranking
A melhor portuguesa no ranking, Michelle de Brito, que não compete desde inícios de agosto, subiu, mesmo assim, três posições, aparecendo hoje no lugar 238.

Em masculinos, não houve mexidas no pódio, já que se mantêm os três primeiros da classificação, encabeçado pelo sérvio Nova Djokovic, derrotado pelo suíço Stanislas Wawrinka, que continua a ser terceiro, na final do Open dos Estados Unidos.

Um dos destaques entre a elite do top-10 pertenceu ao francês Gael Monfils, cuja presença nas meias-finais (derrotado por Djokovic) valeu uma subida de quatro posições, até ao oitavo posto.

Em sentido inverso, o suíço Roger Federer, ausente de Nova Iorque devido a lesão, desceu três lugares e é agora sétimo do mundo.

O tenista português João Sousa subiu dois lugares no ranking mundial, fixando-se no 34.º posto. Ainda entre os portugueses, Gastão Elias, eliminado logo na primeira ronda em Flushing Meadows, desceu um lugar, para 61.º, enquanto Pedro Sousa deu mais um passo para integrar o grupo dos 200 melhores do mundo, aparecendo na lista de hoje em 208.º (subiu duas posições).