Kim Kardashian está a estudar para ser advogada

Dona de um autêntico império de beleza e protagonista de um dos reality shows mais famosos do mundo, Kim Kardashian tem estado debaixo do olho do público desde 2007, ano em que um vídeo de teor sexual a catapultou para o sucesso. Seguiram-se muitas temporadas e spin-offs de Keeping Up With The Kardashians, relações falhadas, um megalómano casamento com o rapper Kanye West e três filhos em comum – o próximo está a caminho e vai nascer através de uma barriga de aluguer.

Já quase nada podia surpreender o público e a imprensa, até Kanye West anunciar, durante a semana da moda de Nova Iorque, que a sua mulher estava a seguir as pisadas do pai, Robert Kardashian, um dos advogados de defesa de O.J. Simpson. Não faltou quem o desacreditasse, embora todos os passos recentes de Kardashian parecessem apontar para esse desfecho, como a sua luta pela reforma penal e um encontro na Casa Branca com Trump que culminou na libertação de uma bisavó de 63 anos.

Desde esta quarta-feira, dia 10 de abril, que as dúvidas terminaram com a edição de maio da Vogue, da qual a socialite é capa: Kardashian está mesmo a estudar para ser advogada. O Acordar de Kim Kardashian West, é o título da publicação e do longo artigo, que revela o objetivo da multimilionária em candidatar-se ao bar exam, o exame que permite o acesso à Ordem dos Advogados, em 2022. Para tal, Kim estuda 18 horas por semana e frequenta um estágio numa firma de advogados em São Francisco para poder passar no primeiro teste, já este verão.

E nem mesmo a falta de uma licenciatura de Direito parece ser impedimento para a socialite. De acordo com a Vogue, existem quatro estados naquele país que oferecem uma alternativa aos estudos mais convencionais – um deles sendo a Califórnia, onde Kim vive. Para poder candidatar-se ao exigente exame, Kardashian não terá que terminar uma licenciatura, mas sim completar, pelo menos, quatro anos de estágio com um advogado ou um juiz.

De acordo com o site Law.com, citado pela Vogue, o acesso à Ordem não é tarefa fácil: em julho passado, só 41% dos inscritos conseguiram passar no difícil exame, sendo que a maioria era formada em Direito. Da minoria que fez o percurso alternativo – estagiando quatro anos numa firma para fazer o teste, como Kardashian – menos de 3% foram bem sucedidos.

Ao contrário do que se possa pensar, a decisão de Kim nada tem a ver com o percurso do pai, o prestigiado advogado de O.J. Simpson. Mas sim com o caso de Alice Marie Johnson, uma bisavó de 63 anos que Kardashian ajudou a libertar no ano passado. Foi um vídeo, partilhado no Twitter que a levou a conhecer a história de Alice, condenada nos anos 90 a uma pena de prisão perpétua pelo seu envolvimento em tráfico de drogas. “Aqui estava uma mulher que participou, pela primeira vez, num crime não violento e que recebeu a mesma sentença que Charles Manson (o assassino em série dos anos 60”, contou Kim durante a entrevista à Vogue. “Pensei que era algo muito errado, enviei ao meu advogado e perguntei: ‘O que podemos fazer? É de melhores advogados que ela precisa'”.

Do caso de Alice Marie Johnson e Casa Branca à Reforma Penal

Passou quase um ano desde que Kim Kardashian West se sentou na Sala Roosevelt da Casa Branca com Donald Trump, Ivanka Trump, o genro Jared Kushner, e uma equipa de advogados e juízes. O objetivo era sensibilizar o presidente para a injustiça do caso de Alice Marie Johnson e para a importância de uma reforma penal. “Eu falei apenas sobre o lado humano e expliquei porque era tão injusta a pena deste crime de drogas sem violência. Mas tinha advogados comigo que conseguiam apoiar-me com factos. (…) Senti que me faltavam conhecimentos para poder lutar por estas pessoas”, contou.

Foi durante a sua luta pelo fim da pena de Alice Marie Johnson que Kardashian começou a trabalhar com o grupo de advogados #cut50, visitando prisões e fazendo petições. É fundado pelo também comentador da CNN Van Jones, que continua a tecer-lhe elogios. “Esta é a filha de um advogado bem-sucedido e a mãe de três crianças negras que está a usar seu poder para fazer a diferença numa área delicada. E é excecionalmente boa nisso”, justificou.

A co-fundadora do #cut50 e advogada de defesa criminal Jessica Jackson foi outra das personalidades a apoiar Kim: “Ela estava a gastar tanto tempo nisto e ligava-me a horas estranhas. Ajudava-nos com as moções e com tudo. Finalmente eu perguntei ‘Porque é que não te tornas uma advogada’?”.

Kim Kardashian, que está neste momento a estudar delitos de responsabilidade civil, leis criminais e leis contratuais, confessa ter, no entanto, algumas dificuldades. “A leitura da lei é o que me custa mais, consome tanto tempo. Já os conceitos percebo em dois segundos”, vinca.

A verdade é que a libertação de Alice Marie Jonhson (com quem Kim diz ter uma ligação profunda) não foi o único progresso feito durante a reunião com Donald Trump. Desde o início do ano, que a First Step Act, uma lei que visa a reforma no código penal, foi finalmente aprovada no Congresso, após várias tentativas falhadas da administração de Obama. O projeto de reformas prisionais visa, por exemplo, diminuir penas por crimes não violentos e aumentar os programas que ajudem a diminuir as reincidências de crimes. Kardashian continua a ajudar e, de acordo com a Vogue, estará a pagar a renda de um ex-presidiário que foi libertado mais cedo, graças à nova lei.

 

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