Kristalina Georgieva, a mulher que se opõe a Guterres tem mais uma vitória na ONU

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Fotografia de Francois Lenoir/Reuters

O governo da Bulgária nomeou, esta quarta-feira, a comissária europeia Kristalina Georgieva para candidata ao cargo de secretária-geral das Nações Unidas. A também búlgara Irina Bokova, diretora-geral da Organização da ONU para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO), tinha afirmado na terça-feira que iria manter a candidatura ao cargo, mas o governo do seu país optou por nomear Georgina por Bokova ter ficado em sexto lugar nas últimas eleições.

O primeiro-ministro búlgaro, Boiko Borisov, acredita que a Kristalina Georgieva tem mais hipóteses de ser eleita para o cargo.


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Economista, de 63 anos, apoiada pela chanceler alemã Angela Merkel, a comissária europeia já tinha tinha admitido na semana passada que se sentia orgulhosa por ter várias pessoas a incentivar a sua candidatura.

“Sinto-me honrada por verificar que numerosas pessoas me estão a encorajar para ser candidata. Como búlgara, direi que é uma decisão a tomar pelo governo do meu país”, revelou numa conferência em Nova Iorque, nos EUA.

Na votação indicativa de segunda-feira, o antigo primeiro-ministro português e anterior Alto-comissário da ONU para os Refugiados (ACNUR) António Guterres continuava à frente de todos os candidatos para substituir Ban Ki-moon em janeiro.

A próxima votação, prevista para 5 de outubro, é mais importante devido à possibilidade de veto dos membros permanentes do Conselho de Segurança (Estados Unidos, Rússia, França, Reino Unido e China) a qualquer candidato, incluindo Guterres.

O nome do próximo secretário-geral da ONU deverá ser anunciado durante o próximo mês e a decisão do Conselho será, em seguida, ratificada pela Assembleia-geral das Nações Unidas.